Diabetes Mellitus: Suporte Social e Adesão aos Tratamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Sara Filipa Martins
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5877
Resumo: Sendo a preocupação com o aumento da prevalência da diabetes e com o apoio que as pessoas com esta doença recebem, a investigação científica tem manifestado algum interesse pela temática da influência que o apoio social tem na adesão à terapêutica dos diabéticos. A diabetes mellitus, tratando-se de uma doença crónica, implica um plano de tratamento que envolve modificações no comportamento do doente, sendo assim a disponibilidade de apoio por parte de familiares, amigos ou outros, pode mostrar ser uma vantagem para o controlo da mesma. Assim sendo, o principal objetivo deste estudo é perceber de que modo o apoio social percebido pelos doentes com diabetes influência as atividades de autocuidado com a diabetes, e a sua relação com variáveis sociodemográficas e clínicas. A amostra deste estudo é composta por 78 indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus, utentes da consulta de Diabetologia do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Centro de Saúde da Covilhã, com idades compreendidas entre os 49 e os 85 anos, que preencheram o protocolo de investigação, que englobava os seguintes instrumentos: a Escala de Atividades de Auto-cuidado com a Diabetes (Bastos, Severo e Lopes, 2007), a Escala da Ansiedade e Depressão Hospitalar (traduzida e adaptada para a população portuguesa por McIntyre, Pereira, Soares, Gouveia e Silva, 1999) e a Escala de Apoio Social (traduzida e adaptada para a população portuguesa por Matos e Ferreira, 2000). Relativamente aos resultados da presente investigação estes sugerem que as variáveis sociodemográficas e clínicas estão associadas a diferenças estatisticamente significativas quer na adesão ao autocuidado na diabetes quer no suporte social. Verificaram-se portanto diferenças significativas entre as variáveis sexo, idade, ter filhos, insulina, problemas de saúde e há quantos anos tem conhecimento do diagnóstico em relação ao autocuidado com a diabetes, e também diferenças relativamente às variáveis, filhos, problemas de saúde, níveis de glicémia, satisfação com a qualidade do serviço de saúde e satisfação com a informação sobre a doença e tratamento. Verificou-se a existência de correlações significativas entre as dimensões do autocuidado e os níveis de depressão, os níveis de apoio informativo e de apoio emocional, e ainda entre as dimensões do apoio social e os níveis de ansiedade e depressão. Concluindo-se portanto que os níveis de apoio social estão, de forma geral, relacionado com a adesão aos autocuidados com a diabetes, revelando que os doentes com maior apoio mostram maior adesão.
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A amostra deste estudo é composta por 78 indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus, utentes da consulta de Diabetologia do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Centro de Saúde da Covilhã, com idades compreendidas entre os 49 e os 85 anos, que preencheram o protocolo de investigação, que englobava os seguintes instrumentos: a Escala de Atividades de Auto-cuidado com a Diabetes (Bastos, Severo e Lopes, 2007), a Escala da Ansiedade e Depressão Hospitalar (traduzida e adaptada para a população portuguesa por McIntyre, Pereira, Soares, Gouveia e Silva, 1999) e a Escala de Apoio Social (traduzida e adaptada para a população portuguesa por Matos e Ferreira, 2000). Relativamente aos resultados da presente investigação estes sugerem que as variáveis sociodemográficas e clínicas estão associadas a diferenças estatisticamente significativas quer na adesão ao autocuidado na diabetes quer no suporte social. Verificaram-se portanto diferenças significativas entre as variáveis sexo, idade, ter filhos, insulina, problemas de saúde e há quantos anos tem conhecimento do diagnóstico em relação ao autocuidado com a diabetes, e também diferenças relativamente às variáveis, filhos, problemas de saúde, níveis de glicémia, satisfação com a qualidade do serviço de saúde e satisfação com a informação sobre a doença e tratamento. Verificou-se a existência de correlações significativas entre as dimensões do autocuidado e os níveis de depressão, os níveis de apoio informativo e de apoio emocional, e ainda entre as dimensões do apoio social e os níveis de ansiedade e depressão. Concluindo-se portanto que os níveis de apoio social estão, de forma geral, relacionado com a adesão aos autocuidados com a diabetes, revelando que os doentes com maior apoio mostram maior adesão.As the concern over the increasing prevalence of diabetes and the support that people with this disease receive, scientific research has shown some interest in the area of influence that social support has on compliance of diabetics. Diabetes mellitus, in the case of a chronic disease, involves a treatment plan that involves changes in the patient's behavior, so the availability of support from family, friends or others, may prove to be an advantage for controlling the same. Therefore, the aim of this study is to understand how the social support perceived by patients with diabetes influence the self-care activities with diabetes and their relationship to sociodemographic and clinical variables. The sample is composed of 78 individuals diagnosed with diabetes mellitus, Diabetologia query users of Cova Hospital of Beira and Health Centre in Covilha, aged between 49 and 85 years, who met the protocol research, which encompassed the following instruments: Self-Care Activities scale with Diabetes (Bastos, Severus and Lopes, 2007), the scale of the Hospital Anxiety and Depression (translated and adapted for the Portuguese population by McIntyre, Pereira, Soares, Gouveia e Silva, 1999) and the Social Support Scale (translated and adapted for the Portuguese population by Matos and Ferreira, 2000). On the results of this research suggest that these sociodemographic and clinical variables are associated with statistically significant differences either in adherence to self-care in diabetes or in social support. There has therefore significant differences between sex, age, have children, insulin, health problems and how many years is aware of the diagnosis in relation to self-care with diabetes, and also differences for the variables, children, health problems, blood glucose levels, satisfaction with the quality of the health service and satisfaction with information about the disease and treatment. It was found that there were significant correlations between the dimensions of self-care and depression levels, levels of information support and emotional support and also between the dimensions of social support and levels of anxiety and depression. It is therefore concluded that social support levels are, in general, related to adherence to self-care with diabetes, showing that patients with greater support show greater compliance.Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes dauBibliorumCastro, Sara Filipa Martins2018-08-29T16:05:05Z2015-10-22015-11-062015-11-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5877TID:201645190porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:05Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5877Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:43.793105Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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