Distribuição do mercúrio nos tecidos de aves predadoras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Amil, Juliana Almeida
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/22691
Resumo: Este estudo teve como principal objetivo a avaliação da concentração total de mercúrio em diversos tecidos de duas espécies de corujas, a Tyto alba e Strix aluco. As amostras de tecidos foram recolhidas de 22 indivíduos provenientes de diferentes locais do território português (Guarda, Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu). Os tecidos analisados foram o cérebro, pele, músculo, coração, pulmão, trato gastrointestinal, fígado, rim, unha e penas. Na T. alba, os níveis de mercúrio, nos diferentes tecidos, variaram de 0,01 a 4,5 mg/kg em peso seco e apresentaram a seguinte ordem de concentrações: pele < cérebro < trato gastrointestinal < músculo < pulmão < coração < rim < fígado < penas < unha. Em S. aluco, os valores de concentração total de mercúrio foram inferiores, variando de 0,02 a 2,1 mg/kg em peso seco, apresentando uma ordem de concentrações muito semelhante à mencionada para a outra espécie, o que indica mecanismos fisiológicos de distribuição do elemento semelhantes entre si. Verificou-se que as penas e unhas apresentaram correlações positivas com os tecidos internos na T. alba, não se registando o mesmo em S. aluco. Os valores de mercúrio presentes no fígado e rim apresentaram correlações positivas entre si, nas duas espécies de corujas (rT. Alba= 0,889 e rS.aluco= 0,943). O mesmo aconteceu entre o músculo e o coração (rT. Alba= 0,971e rS.aluco= 0,964), e o pulmão e trato gastrointestinal (rT. Alba= 0,875 e rS. aluco= 0,857), também em ambas as espécies. Verificou-se que a faixa etária, o tamanho da ave e a localização, não foram identificados como sendo fatores determinantes na acumulação de mercúrio em ambas as espécies deste estudo.
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