Infeção por estreptococo beta-hemolítico do grupo B nas grávidas do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/13452 |
Resumo: | Introdução: O estreptococo beta-hemolítico do grupo B (SGB) é o principal agente responsável pelas infeções neonatais. Estima-se que a colonização por SGB afete cerca de 10 a 35% das grávidas, muitas vezes, de forma assintomática, mas também causar infeção do trato urinário e corioamnionite, podendo levar a parto pré-termo e aborto. Contudo, esta bactéria pode ser transmitida ao recém-nascido, no momento do parto, conduzindo a complicações graves, nomeadamente septicémia, pneumonia e meningite. Assim, torna-se essencial a identificação da colonização e prevenir a sua transmissão, através de antibioterapia profilática intraparto, de modo a diminuir a morbilidade e mortalidade associada a SGB. Objetivo: Analisar a prevalência da colonização por SGB nas grávidas acompanhadas no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB), em 2021, bem como a influência no prognóstico obstétrico. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo de todas as grávidas acompanhadas no CHUCB e que realizaram o rastreio do SGB, no decorrer do ano 2021, totalizando 403 grávidas. Após seleção e recolha dos dados através dos processos clínicos, procedeu-se à análise descritiva e comparativa das variáveis, nas grávidas com e sem colonização por SGB. Resultados: A prevalência de grávidas colonizadas por SGB no CHUCB foi de 15,14% e cerca de 87,7% destas realizaram profilaxia intraparto. Estatisticamente, o perfil de risco observado nas grávidas colonizadas por SGB carateriza-se pela idade superior a 40 anos, sem ocupação profissional, com excesso de peso, primigestas ou com antecedente de aborto e primípara. Identificou-se como fatores de risco com significância estatística, o aumento ponderal excessivo e a presença de infeções vaginais e/ou do trato urinário, no decorrer da gravidez. Quanto à influência do SGB no parto, observou-se uma maior prevalência de sofrimento fetal e trabalho de parto prolongado, contudo notou-se uma maior prevalência de partos eutócicos. Em termos de influência no recém-nascido, observou-se uma maior frequência de baixo peso à nascença em filhos de grávidas colonizadas pelo SGB. Conclusão: Este estudo demonstrou que, no CHUCB, a colonização da grávida por SGB é frequente e acarreta riscos obstétricos e perinatais, pelo que uma alta adesão ao rastreio e respetiva profilaxia devem ser incentivados na prática obstétrica. |
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Infeção por estreptococo beta-hemolítico do grupo B nas grávidas do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da BeiraEstreptococo Beta-Hemolítico do Grupo BGravidezPartoProfilaxiaRastreioDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O estreptococo beta-hemolítico do grupo B (SGB) é o principal agente responsável pelas infeções neonatais. Estima-se que a colonização por SGB afete cerca de 10 a 35% das grávidas, muitas vezes, de forma assintomática, mas também causar infeção do trato urinário e corioamnionite, podendo levar a parto pré-termo e aborto. Contudo, esta bactéria pode ser transmitida ao recém-nascido, no momento do parto, conduzindo a complicações graves, nomeadamente septicémia, pneumonia e meningite. Assim, torna-se essencial a identificação da colonização e prevenir a sua transmissão, através de antibioterapia profilática intraparto, de modo a diminuir a morbilidade e mortalidade associada a SGB. Objetivo: Analisar a prevalência da colonização por SGB nas grávidas acompanhadas no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB), em 2021, bem como a influência no prognóstico obstétrico. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo de todas as grávidas acompanhadas no CHUCB e que realizaram o rastreio do SGB, no decorrer do ano 2021, totalizando 403 grávidas. Após seleção e recolha dos dados através dos processos clínicos, procedeu-se à análise descritiva e comparativa das variáveis, nas grávidas com e sem colonização por SGB. Resultados: A prevalência de grávidas colonizadas por SGB no CHUCB foi de 15,14% e cerca de 87,7% destas realizaram profilaxia intraparto. Estatisticamente, o perfil de risco observado nas grávidas colonizadas por SGB carateriza-se pela idade superior a 40 anos, sem ocupação profissional, com excesso de peso, primigestas ou com antecedente de aborto e primípara. Identificou-se como fatores de risco com significância estatística, o aumento ponderal excessivo e a presença de infeções vaginais e/ou do trato urinário, no decorrer da gravidez. Quanto à influência do SGB no parto, observou-se uma maior prevalência de sofrimento fetal e trabalho de parto prolongado, contudo notou-se uma maior prevalência de partos eutócicos. Em termos de influência no recém-nascido, observou-se uma maior frequência de baixo peso à nascença em filhos de grávidas colonizadas pelo SGB. Conclusão: Este estudo demonstrou que, no CHUCB, a colonização da grávida por SGB é frequente e acarreta riscos obstétricos e perinatais, pelo que uma alta adesão ao rastreio e respetiva profilaxia devem ser incentivados na prática obstétrica.Introduction: Group B streptococcus (SGB) is the main agent responsible for neonatal infections. It’s estimated that SGB colonization affects about 10 to 35% of pregnant women, often asymptomatic, but also causes urinary tract infection and chorioamnionitis, which can lead to preterm delivery and miscarriage. However, SGB can be transmitted to the newborn, at the time of delivery, leading to complications, specifically sepsis, pneumonia or meningitis. Thus, it’s essential to identify the colonization and prevent its transmission, through intrapartum prophylactic antibiotic therapy, in order to reduce the morbidity and mortality associated with SGB. Aim: Analyse the prevalence of SGB colonization in pregnant women monitored at the Obstetrics and Gynecology Service of the Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB), in 2021, as well as the influence on the obstetric prognosis. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study of all pregnant women monitored at CHUCB and who underwent SGB screening during the year 2021, totalizing 403 pregnant women. After the selection and collection of data relating to the sample through clinical processes, it was carried out a descriptive and comparative analysis of the variables under study in pregnant women with and without SGB colonization. Results: The prevalence of SGB colonized pregnant women at the CHUCB was 15.14% and about 87.7% of these underwent intrapartum prophylaxis. Statistically, the risk profile observed in pregnant women colonized with SGB is characterized by being over 40 years old, without a professional occupation, overweight, primigravidae or with a history of abortion and primiparous. Risk factors with statistical significance were identified as excessive weight gain and the presence of vaginal and/or urinary tract infections during pregnancy. As for the influence of SGB on childbirth, there was a higher prevalence of fetal distress and prolonged labor, however there was a higher prevalence of eutocic deliveries. In terms of influence on the newborn, a higher frequency of low birth weight was observed in children of pregnant women colonized by SGB. Conclusion: This study demonstrated that, in CHUCB, colonization of pregnant women with SGB is frequent and entails obstetric and perinatal risks, so high adherence to screening and respective prophylaxis should be encouraged in obstetric practice.Moutinho, José Alberto FonsecaNunes, Sara Monteiro Morgado DiasEsteves, Bruno Filipe OliveirauBibliorumRodrigues, Carolina Santos2023-11-02T10:22:10Z2023-07-032023-04-272023-07-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13452TID:203375424porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:57:03Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13452Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:53.356971Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O estreptococo beta-hemolítico do grupo B (SGB) é o principal agente responsável pelas infeções neonatais. Estima-se que a colonização por SGB afete cerca de 10 a 35% das grávidas, muitas vezes, de forma assintomática, mas também causar infeção do trato urinário e corioamnionite, podendo levar a parto pré-termo e aborto. Contudo, esta bactéria pode ser transmitida ao recém-nascido, no momento do parto, conduzindo a complicações graves, nomeadamente septicémia, pneumonia e meningite. Assim, torna-se essencial a identificação da colonização e prevenir a sua transmissão, através de antibioterapia profilática intraparto, de modo a diminuir a morbilidade e mortalidade associada a SGB. Objetivo: Analisar a prevalência da colonização por SGB nas grávidas acompanhadas no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB), em 2021, bem como a influência no prognóstico obstétrico. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo de todas as grávidas acompanhadas no CHUCB e que realizaram o rastreio do SGB, no decorrer do ano 2021, totalizando 403 grávidas. Após seleção e recolha dos dados através dos processos clínicos, procedeu-se à análise descritiva e comparativa das variáveis, nas grávidas com e sem colonização por SGB. Resultados: A prevalência de grávidas colonizadas por SGB no CHUCB foi de 15,14% e cerca de 87,7% destas realizaram profilaxia intraparto. Estatisticamente, o perfil de risco observado nas grávidas colonizadas por SGB carateriza-se pela idade superior a 40 anos, sem ocupação profissional, com excesso de peso, primigestas ou com antecedente de aborto e primípara. Identificou-se como fatores de risco com significância estatística, o aumento ponderal excessivo e a presença de infeções vaginais e/ou do trato urinário, no decorrer da gravidez. Quanto à influência do SGB no parto, observou-se uma maior prevalência de sofrimento fetal e trabalho de parto prolongado, contudo notou-se uma maior prevalência de partos eutócicos. Em termos de influência no recém-nascido, observou-se uma maior frequência de baixo peso à nascença em filhos de grávidas colonizadas pelo SGB. Conclusão: Este estudo demonstrou que, no CHUCB, a colonização da grávida por SGB é frequente e acarreta riscos obstétricos e perinatais, pelo que uma alta adesão ao rastreio e respetiva profilaxia devem ser incentivados na prática obstétrica. |
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