Avaliação dos Motivos de Vinda ao Serviço de Urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, V.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Santos, J. França, Trindade, E., Mota, T., Clemente, F., Carreiro, E., Santos, L. Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.1997.5728
Resumo: Introdução: A elevada frequência de utilização dos Serviços de Urgência Hospitalares pelos utentes, constitui um antigo, mas sempre actual, problema com que os Hospitais se deparam. No sentido de conhecer as motivações e práticas dos utentes do Serviço de Urgência de Pediatria do Hospital de São João realizámos um inquérito prospectivo. Material e Métodos: Foi realizado um inquérito prospectivo aos acompanhantes das crianças atendidas no Serviço de Urgência do Hospital de São João durante um período de 4 meses, no ano de 1995. O inquérito incluiu diversas questões sobre as atitudes dos pais perante a criança doente e sua orientação para os Serviços de Saúde. Resultados: Foram avaliados 448 inquéritos referentes a 45% de crianças do sexo feminino e 55% do masculino. A maioria das crianças pertencia às classes IV (42%) e V (29,9%) de Graffard. Verificámos que 20% tinham idade inferior a 12 meses, 55% entre 1 e 4 anos, 20% entre 5 e 9 anos e 10% acima dos 10 anos. Durante o dia, a primeira atitude perante a criança doente foi o recurso ao Serviço de Urgência do Hospital Central (57%) enquanto que durante a noite 90% tiveram idêntica atitude. Das crianças admitidas no Serviço de Urgência, 94% fizeram-no por iniciativa dos familiares e apenas 5% foram portadores de informação escrita. De referir que foram hospitalizadas apenas 4.6% do número total de crianças que ocorreram ao Serviço de Urgência. O médico entrevistador considerou como urgência médica apenas 19.4% dos casos observados enquanto que 57% das crianças justificaram terem sido consultadas nesse dia. Conclusões: Mesmo tendo em conta o pequeno número da amostra, podemos verificar que, na grande maioria dos casos, as crianças não tinham necessidade de serem atendidas num Serviço de Urgência de um Hospital Central, pelo que se torna prioritário organizar o atendimento a nível primário (Centro de Saúde) com possibilidade de posterior orientação para Centro de Referência/Terciária.
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