Qualidade de vida e perceção da doença em pessoas dependentes do álcool

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valentim,Olga
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Santos,Célia, Ribeiro,José Pais
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862014000100021
Resumo: O alcoolismo é uma doença crónica, como tal, as condições clínicas têm efeitos previsíveis de degradação do bem-estar e da qualidade de vida. O modo como cada pessoa, em particular, perceciona cognitivamente a sua doença, influencia, entre outros aspetos, a procura de ajuda e a sua qualidade de vida. Neste estudo descritivo e correlacional, participaram 444 pessoas com o diagnóstico de Síndrome de Dependência do Alcoólica (SDA) há pelo menos um ano, com uma média de idades de 45 anos, maioritariamente do sexo masculino, casadas e desempregadas. Os instrumentos utilizados foram, o questionário de caracterização sociodemográfica, de informação clínica, o Questionário de Estado de Saúde (SF-36v2) e o Illness Perception Questionnaire-Revised-versão portuguesa (IPQ-R). Este estudo teve como objetivo contribuir para a compreensão da qualidade de vida e perceção da doença entre pessoas com SDA. Os resultados sugerem que nos diferentes domínios da escala de qualidade de vida, o maior comprometimento ocorreu na saúde mental (M=50,45; DP=23,40) e na vitalidade (M=50,06; DP=22,53). Os participantes com uma identidade moderada da doença mostraram consequências muito negativas para a sua qualidade de vida. Também os que conhecem e compreendem melhor a sintomatologia da doença (identidade), que a compreendem melhor e que têm uma representação emocional mais negativa, apresentaram uma perceção pior da sua qualidade de vida. Verifica-se que em média, as pessoas que frequentam grupos de autoajuda, registam valores mais elevados de qualidade de vida e têm uma representação emocional menos negativa, considerando a doença mais crónica e acreditando mais no seu controlo pessoal.
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