Padrões temporais de fornecimento de Megalopas de Carcinus Maenas na Ria de Aveiro: influência dos ventos e das marés

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Waap, Silke
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/579
Resumo: Muitos invertebrados marinhos apresentam uma fase planctónica com desenvolvimento larvar no mar, capaz de grande dispersão. Para concluírem o ciclo de vida dependem de correntes favoráveis à migração de regresso das larvas aos locais de maternidade. Este estudo pretendeu investigar os processos envolvidos no transporte de megalopas de Carcinus maenas para a Ria de Aveiro, ao analisar a influência dos ventos que sopram paralelamente à costa (ventos N-S) e das marés na variabilidade intra-anual de fornecimento destas larvas. Para análise, obtiveram-se dados diários entre Março e Junho (2006) de: amplitude de maré (DTR), nível subtidal do mar (SSL), ventos NCEP e abundância de megalopas no Canal de Mira, recolhidas a partir de duas redes de plâncton, à superfície e no fundo da coluna de água. As variações de SSL e predominância dos ventos Norte foram consistentes com a presença de afloramento costeiro na costa noroeste portuguesa. A intensidade de ventos NS apresentou uma correlação positiva com SSL para atrasos de -1 e 0 dias, indicando a presença de uma resposta rápida de divergência e convergência costeira da camada de Ekman. O fornecimento de megalopas apresentou um padrão com pulsos distintos a ocorrerem em períodos quinzenais de marés vivas. As magnitudes de fornecimento estiveram positivamente associadas ao relaxamento e reversão dos ventos Norte, indicando que as larvas foram transportadas em direcção à costa durante convergência costeira da camada de Ekman. O atraso na resposta entre o fornecimento e o forçamento do vento foi de -1 dias. Este encontra-se em conformidade com a possibilidade das larvas ficarem retidas na plataforma continental interior, pela presença de um padrão de migração nictemeral (DVM) durante a circulação de afloramento costeiro. À entrada da Ria, as megalopas parecem ter utilizado o transporte selectivo pelas correntes de maré (STST) para promover a imigração para dentro do estuário.
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