Contributos da visita domiciliária de enfermagem obstétrica no sucesso do aleitamento materno e ansiedade estado aos três meses após o parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribas, Carla Augusta Gonçalves
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1289
Resumo: Introdução: A importância da iniciação e a manutenção do aleitamento materno exclusivo encontra-se documentada por várias entidades nacionais e internacionais, pois os ganhos que se lhe associam justificam o investimento na sua promoção. A ansiedade e a depressão são comuns durante a gravidez e após o parto revelando consequências prejudiciais para a mulher e para o desenvolvimento da criança. Objectivos: este estudo teve como objetivo analisar o contributo da visita domiciliária da enfermeira especialista em saúde materna, obstétrica e ginecológica, no sucesso do aleitamento materno e na ansiedade em estado primíparas. Metodologia: Estudo pré-experimental, realizado numa amostra de 20 primíparas com ansiedade traço ≥ 40, que frequentaram curso de preparação para o parto e parentalidade distribuídas em dois grupos: experimental e controlo. A variável independente foi a visita domiciliária da enfermeira especialista realizada entre o quarto e o oitavo dias do pós-parto. As variáveis dependentes foram o sucesso em aleitamento materno, onde se considerou a sua duração aos três meses de vida da criança, a gestão de intercorrências mamárias e a satisfação com o aleitamento materno; e a saúde mental da mulher, onde se considerou a ansiedade estado. A colheita de dados ocorreu ao terceiro mês do pós-parto através de questionário, da Maternal Breastfeeding Evaluation Scale de Leff (1994) e do State-Trait Anxiety Inventory de Spielberg, Gorsuch e Lushene (1970). Resultados: A pA pA prevalência de aleitamento materno exclusivo e de aleitamento materno predominante aos três meses de vida da criança foi de 55% e 15%. A gestão de intercorrências mamárias ocorreu, para a maioria das mulheres, com a enfermeira especialista. A satisfação com o aleitamento materno foi elevada. A ansiedade estado das primíparas foi em média de 34,95 ±7,99. Entre os grupos não se registaram diferenças estatisticamente significativas, pelo que não se verificaram efeitos decorrentes da intervenção. Conclusões: o sucesso em aleitamento materno e a gestão da ansiedade são processos complexos, que derivam das dimensões biopsicossociais das mulheres, crianças e familias. A visita domiciliária não teve efeitos, no entanto não se observaram efeitos negativos. A intervenção dos enfermeiros deverá conjugar estas dimensões e desenhar-se ao longo do ciclo gravidico-peurperal.
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Metodologia: Estudo pré-experimental, realizado numa amostra de 20 primíparas com ansiedade traço ≥ 40, que frequentaram curso de preparação para o parto e parentalidade distribuídas em dois grupos: experimental e controlo. A variável independente foi a visita domiciliária da enfermeira especialista realizada entre o quarto e o oitavo dias do pós-parto. As variáveis dependentes foram o sucesso em aleitamento materno, onde se considerou a sua duração aos três meses de vida da criança, a gestão de intercorrências mamárias e a satisfação com o aleitamento materno; e a saúde mental da mulher, onde se considerou a ansiedade estado. A colheita de dados ocorreu ao terceiro mês do pós-parto através de questionário, da Maternal Breastfeeding Evaluation Scale de Leff (1994) e do State-Trait Anxiety Inventory de Spielberg, Gorsuch e Lushene (1970). Resultados: A pA pA prevalência de aleitamento materno exclusivo e de aleitamento materno predominante aos três meses de vida da criança foi de 55% e 15%. A gestão de intercorrências mamárias ocorreu, para a maioria das mulheres, com a enfermeira especialista. A satisfação com o aleitamento materno foi elevada. A ansiedade estado das primíparas foi em média de 34,95 ±7,99. Entre os grupos não se registaram diferenças estatisticamente significativas, pelo que não se verificaram efeitos decorrentes da intervenção. Conclusões: o sucesso em aleitamento materno e a gestão da ansiedade são processos complexos, que derivam das dimensões biopsicossociais das mulheres, crianças e familias. A visita domiciliária não teve efeitos, no entanto não se observaram efeitos negativos. A intervenção dos enfermeiros deverá conjugar estas dimensões e desenhar-se ao longo do ciclo gravidico-peurperal.Background: The benefits of the initiation and duration of exclusive breastfeeding is documented by several national and international entities since the outcomes justify the investment that must be given to their promotion. Anxiety and Depression are common during pregnancy and after childbirth revealing adverse consequences for the woman and child development.Objective: This study aimed to analyze the contribution of home visit by midwife in successful breastfeeding and state anxiety in primiparous. Methods: Pre-experimental study with a sample of 20 primiparous with trait anxiety ≥ 40, who attended program for childbirth and parenthood preparation divided into two groups: experimental and control. The independent variable was the home visit by the midwife between the fourth and the eigth days after delivery. The dependent variables were the successful breastfeeding in which was considered its duration at three months old children, the management of breast problems and the satisfaction with the breastfeeding; and the mental health of the woman, in which the state anxiety was considered. Data collection occurred three months after delivery through a questionnaire, the Maternal Breastfeeding Evaluation Scale and State-Trait Anxiety Inventory. Results: The prevalence of exclusive breastfeeding and predominant breastfeeding at three months of the child's life were, 55% and 15%. The management of breast complications occurred, in the majority of women, with the support of the midwife. Satisfaction with breastfeeding was high. The state anxiety of the primiparous averaged 34,95 ± 7,99. Between the groups there were no statistically significant differences, so there were no effects of the intervention. Conclusions: The success in breastfeeding and anxiety management is a complex process, which is derived from the biopsychossocial dimensions of women, children and families. The home visit had no effect, however, there weren’t observed negative effects. The midwife`s practice should combine these dimensions and be drawn along the pregnancy, childbirth and postpartum.2015-03-30T15:50:07Z2015-03-18T00:00:00Z2015-03-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1289TID:201176289porRibas, Carla Augusta Gonçalvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:39:55Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1289Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:04.494730Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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