O martírio contemporâneo à luz de Cl 1,24

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Vítor Miguel Rodrigues Gonçalves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/21819
Resumo: A presente investigação teve como ponto de partida a análise ao versículo 24 da Carta aos Colossenses: «Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu corpo que é a Igreja». Da mesma foi possível inferir que as traduções portuguesas não exprimem claramente o conteúdo do versículo, nem a exegese compreendeu, ao longo da história, o seu correto significado. Por isso, propomos a tradução: «Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo o que falta das tribulações de Cristo à minha carne pelo seu corpo, que é a Igreja». Assim sendo, a expressão «tribulações» não se refere apenas aos sofrimentos da Paixão, mas a toda a vida de Cristo. Da mesma forma, ao contrário do que postulam as teses exegéticas mais comuns, aquilo que o versículo afirma é a necessidade que cada cristão tem de se configurar mais a Cristo – e não de completar os sofrimentos ou Paixão de Cristo, uma vez que esta é plena e está completa. Neste sentido, podemos alargar a compreensão do termo mártir – aquele que testemunha Cristo – àqueles o que O imitam, o que abrange expressões como caridade, oração e morte. Assim, todo aquele que na sua vida imita Cristo configura-se a Ele, ou seja, completa em si mesmo o que lhe falta das tribulações de Cristo e testemunha-O igualmente. Este testemunho pode ser vislumbrado nos milhares de cristãos que ao longo da história, em especial nos séculos XX e XXI, foram perseguidos por causa da sua fé.
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