Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardenas, Valentina Saavedra
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/10435
Resumo: À medida que o homem foi evoluindo e a cidade com ele também, as infraestruturas foram surgindo, enquanto produto desse Homem Moderno. Assim, a questão que se coloca inicialmente é o papel dessas infraestruturas na cidade contemporânea portuense, que é uma criatura incerta, fusão de variáveis sociais e económicas, culturais e políticas, temporais e espaciais. Comparativa à leitura da Imagem da Cidade, que é percebida pelos Caminhos, Limites, Bairros, Pontos Nodais e Marcos, poderá ler-se a Via de Cintura Interna, que além de caminho, é limite. Esta é fortemente percebida como tal, já que, para além de ressaltar visualmente o limite, é contínua na sua forma e poucos são os momentos em que ocorre uma permeabilidade plena à circulação. Justifica-se a VCI como uma via segregada no âmbito urbano, onde o principal interveniente é o “carro”. O objetivo para a integração urbana será romper o estigma da cidade servir o “carro”, como tal, valoriza-se o Homem, visto que a cidade é feita pelo e para este. Pretende-se com esta dissertação ultrapassar a leitura linear que se tem da Via que circula a Cidade, admitindo determinados pontos como elos de ligação e, propondo metodologias e estratégias de planeamento contemporâneas ao nível da acessibilidade e da mobilidade pedonal. Através da análise da Linha e de determinados pontos, é onde se desenvolve uma sistematização em função dos instrumentos de leitura da forma urbana, atendendo ao modo como a Via se relaciona com os tecidos envolventes. Neste âmbito, surge uma proposta metodologicamente estratégica, em que se questiona a (im)possibilidade de (na)morar nos separadores das estradas e se descarta a névoa utilitarista, que não reconhece a cidade como um território solidário de troca entre os Homens, o território por sublimidade da imprevisibilidade e da maravilha da diversidade.
id RCAP_55d9c30d0c035e3add33131a4e23676f
oai_identifier_str oai:bdigital.ufp.pt:10284/10435
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do PortoPassadiços urbanosIntegração urbanaEstrada urbanaPontos nodaisVCIUrban walkwaysUrban integrationNodal pointsUrban roadDomínio/Área Científica::Humanidades::ArtesÀ medida que o homem foi evoluindo e a cidade com ele também, as infraestruturas foram surgindo, enquanto produto desse Homem Moderno. Assim, a questão que se coloca inicialmente é o papel dessas infraestruturas na cidade contemporânea portuense, que é uma criatura incerta, fusão de variáveis sociais e económicas, culturais e políticas, temporais e espaciais. Comparativa à leitura da Imagem da Cidade, que é percebida pelos Caminhos, Limites, Bairros, Pontos Nodais e Marcos, poderá ler-se a Via de Cintura Interna, que além de caminho, é limite. Esta é fortemente percebida como tal, já que, para além de ressaltar visualmente o limite, é contínua na sua forma e poucos são os momentos em que ocorre uma permeabilidade plena à circulação. Justifica-se a VCI como uma via segregada no âmbito urbano, onde o principal interveniente é o “carro”. O objetivo para a integração urbana será romper o estigma da cidade servir o “carro”, como tal, valoriza-se o Homem, visto que a cidade é feita pelo e para este. Pretende-se com esta dissertação ultrapassar a leitura linear que se tem da Via que circula a Cidade, admitindo determinados pontos como elos de ligação e, propondo metodologias e estratégias de planeamento contemporâneas ao nível da acessibilidade e da mobilidade pedonal. Através da análise da Linha e de determinados pontos, é onde se desenvolve uma sistematização em função dos instrumentos de leitura da forma urbana, atendendo ao modo como a Via se relaciona com os tecidos envolventes. Neste âmbito, surge uma proposta metodologicamente estratégica, em que se questiona a (im)possibilidade de (na)morar nos separadores das estradas e se descarta a névoa utilitarista, que não reconhece a cidade como um território solidário de troca entre os Homens, o território por sublimidade da imprevisibilidade e da maravilha da diversidade.As man evolved the city evolved with him, infrastructures emerged, as a product of this Modern Man. Thus, the question that arises initially is the role of these infrastructures in the contemporary city of Porto, which is an uncertain creature, a fusion of social and economic, cultural and political, temporal and spatial variables. Comparative to the reading of the Image of the City, which is perceived by the Paths, Edges, Districts, Nodes and Landmarks, one can read the Internal Belt Road, which is not only a path but also a limit. This is strongly perceived as such, since, in addition to visually emphasizing the limit, it is continuous in shape and there are few moments when there is full permeability to circulation. The VCI is justified as a segregated road in the urban scope, where the main player is the “car”. The objective for urban integration will be to break the stigma of the city serving the “car”, as such, the Man is valued, since the city is made by and for him. The aim of this dissertation is to go beyond the linear reading that one has of the Road that runs through the City, admitting certain points as connecting links and proposing contemporary methodologies and planning strategies in terms of accessibility and pedestrian mobility. Through the analysis of the Line and of certain points, this is where a systematization is developed based on the instruments for reading the urban form, taking into account the way in which the Road relates to the surrounding fabrics. In this context, a methodologically strategic proposal arises, in which the (im)possibility of (in)living on the road separators is questioned and the utilitarian fog that does not recognize the city as a solidary territory of exchange between Men is discarded, the territory by the sublimity of unpredictability and the wonder of diversity.Branco-Teixeira, MiguelRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaCardenas, Valentina Saavedra2021-11-17T09:54:00Z2021-10-152021-10-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10435TID:202978656porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-27T02:04:04Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10435Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:47:13.285961Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
title Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
spellingShingle Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
Cardenas, Valentina Saavedra
Passadiços urbanos
Integração urbana
Estrada urbana
Pontos nodais
VCI
Urban walkways
Urban integration
Nodal points
Urban road
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
title_short Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
title_full Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
title_fullStr Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
title_full_unstemmed Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
title_sort Via Cintura Interna: uma barreira à dinâmica da cidade do Porto
author Cardenas, Valentina Saavedra
author_facet Cardenas, Valentina Saavedra
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Branco-Teixeira, Miguel
Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardenas, Valentina Saavedra
dc.subject.por.fl_str_mv Passadiços urbanos
Integração urbana
Estrada urbana
Pontos nodais
VCI
Urban walkways
Urban integration
Nodal points
Urban road
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
topic Passadiços urbanos
Integração urbana
Estrada urbana
Pontos nodais
VCI
Urban walkways
Urban integration
Nodal points
Urban road
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
description À medida que o homem foi evoluindo e a cidade com ele também, as infraestruturas foram surgindo, enquanto produto desse Homem Moderno. Assim, a questão que se coloca inicialmente é o papel dessas infraestruturas na cidade contemporânea portuense, que é uma criatura incerta, fusão de variáveis sociais e económicas, culturais e políticas, temporais e espaciais. Comparativa à leitura da Imagem da Cidade, que é percebida pelos Caminhos, Limites, Bairros, Pontos Nodais e Marcos, poderá ler-se a Via de Cintura Interna, que além de caminho, é limite. Esta é fortemente percebida como tal, já que, para além de ressaltar visualmente o limite, é contínua na sua forma e poucos são os momentos em que ocorre uma permeabilidade plena à circulação. Justifica-se a VCI como uma via segregada no âmbito urbano, onde o principal interveniente é o “carro”. O objetivo para a integração urbana será romper o estigma da cidade servir o “carro”, como tal, valoriza-se o Homem, visto que a cidade é feita pelo e para este. Pretende-se com esta dissertação ultrapassar a leitura linear que se tem da Via que circula a Cidade, admitindo determinados pontos como elos de ligação e, propondo metodologias e estratégias de planeamento contemporâneas ao nível da acessibilidade e da mobilidade pedonal. Através da análise da Linha e de determinados pontos, é onde se desenvolve uma sistematização em função dos instrumentos de leitura da forma urbana, atendendo ao modo como a Via se relaciona com os tecidos envolventes. Neste âmbito, surge uma proposta metodologicamente estratégica, em que se questiona a (im)possibilidade de (na)morar nos separadores das estradas e se descarta a névoa utilitarista, que não reconhece a cidade como um território solidário de troca entre os Homens, o território por sublimidade da imprevisibilidade e da maravilha da diversidade.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-11-17T09:54:00Z
2021-10-15
2021-10-15T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10284/10435
TID:202978656
url http://hdl.handle.net/10284/10435
identifier_str_mv TID:202978656
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130339122085888