Cronótipo, hora do dia e reconhecimento facial: papel moderador da sintomatologia ansiosa e depressiva e da regulação emocional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/39627 |
Resumo: | O cronótipo permite distinguir os indivíduos tendo em conta as suas preferências relacionadas com o horário ótimo para dormir e para trabalhar e os seus picos de desempenho físico e cognitivo, caracterizando-os como matutinos, intermédios ou vespertinos. O cronótipo relaciona-se com variáveis psicológicas como a ansiedade e a depressão, e com as estratégias de regulação emocional utilizadas pelos indivíduos, nomeadamente com a reavaliação cognitiva e a supressão expressiva. Por sua vez, estas correlacionam-se com a ansiedade e a depressão. O cronótipo também interfere com a capacidade de reconhecimento de faces, que varia significativamente entre indivíduos saudáveis e pode ser influenciada por diversos outros fatores, como a sintomatologia ansiosa, depressiva e as estratégias de regulação emocional. No entanto, não existe ainda literatura que explore a forma como estas variáveis individuais podem modular o efeito das variáveis cronobiológicas no processamento de faces. Assim, o objetivo deste estudo foi explorar o papel moderador das variáveis ansiedade, depressão e estratégias de regulação emocional sobre o efeito do cronótipo e da hora do dia numa tarefa de reconhecimento de faces adaptada para esta investigação. Recorreu-se a uma amostra de 49 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos, sendo 25 participantes classificados como matutinos e 24 participantes classificados como vespertinos, de acordo com a resposta ao Morningness-Eveningness Questionaire (MEQ). Outros instrumentos utilizados foram a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), o Emotion Regulation Questionnaire (ERQ) e uma adaptação da tarefa Glasgow Face Matching Test (GFMT). Considerando os tempos de resposta na tarefa de reconhecimento de faces, observou-se que a ansiedade modera o efeito do cronótipo, da hora da sessão e da sua interação na tarefa de reconhecimento de faces; que a depressão modera o efeito do cronótipo e da hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces; e que a reavaliação cognitiva modera o efeito de interação entre o cronótipo e a hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces. Não foram verificados efeitos significativos no que diz respeito aos acertos na tarefa. O presente estudo é inovador, demonstrando pela primeira vez uma influência da sintomatologia ansiosa e depressiva e das estratégias de regulação emocional no efeito do cronótipo e da hora do dia no desempenho numa tarefa de reconhecimento de faces. Abrem-se assim portas a novos estudos dentro da área da cronopsicologia que pretendam aprofundar as conclusões preliminares aqui avançadas. |
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Cronótipo, hora do dia e reconhecimento facial: papel moderador da sintomatologia ansiosa e depressiva e da regulação emocionalCronótipoHora do diaReconhecimento de facesSintomatologia ansiosa e depressivaRegulação emocionalReavaliação cognitivaSupressão expressivaO cronótipo permite distinguir os indivíduos tendo em conta as suas preferências relacionadas com o horário ótimo para dormir e para trabalhar e os seus picos de desempenho físico e cognitivo, caracterizando-os como matutinos, intermédios ou vespertinos. O cronótipo relaciona-se com variáveis psicológicas como a ansiedade e a depressão, e com as estratégias de regulação emocional utilizadas pelos indivíduos, nomeadamente com a reavaliação cognitiva e a supressão expressiva. Por sua vez, estas correlacionam-se com a ansiedade e a depressão. O cronótipo também interfere com a capacidade de reconhecimento de faces, que varia significativamente entre indivíduos saudáveis e pode ser influenciada por diversos outros fatores, como a sintomatologia ansiosa, depressiva e as estratégias de regulação emocional. No entanto, não existe ainda literatura que explore a forma como estas variáveis individuais podem modular o efeito das variáveis cronobiológicas no processamento de faces. Assim, o objetivo deste estudo foi explorar o papel moderador das variáveis ansiedade, depressão e estratégias de regulação emocional sobre o efeito do cronótipo e da hora do dia numa tarefa de reconhecimento de faces adaptada para esta investigação. Recorreu-se a uma amostra de 49 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos, sendo 25 participantes classificados como matutinos e 24 participantes classificados como vespertinos, de acordo com a resposta ao Morningness-Eveningness Questionaire (MEQ). Outros instrumentos utilizados foram a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), o Emotion Regulation Questionnaire (ERQ) e uma adaptação da tarefa Glasgow Face Matching Test (GFMT). Considerando os tempos de resposta na tarefa de reconhecimento de faces, observou-se que a ansiedade modera o efeito do cronótipo, da hora da sessão e da sua interação na tarefa de reconhecimento de faces; que a depressão modera o efeito do cronótipo e da hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces; e que a reavaliação cognitiva modera o efeito de interação entre o cronótipo e a hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces. Não foram verificados efeitos significativos no que diz respeito aos acertos na tarefa. O presente estudo é inovador, demonstrando pela primeira vez uma influência da sintomatologia ansiosa e depressiva e das estratégias de regulação emocional no efeito do cronótipo e da hora do dia no desempenho numa tarefa de reconhecimento de faces. Abrem-se assim portas a novos estudos dentro da área da cronopsicologia que pretendam aprofundar as conclusões preliminares aqui avançadas.The chronotype makes it possible to distinguish individuals according to their preferences regarding the optimal time to sleep and work and their physical and cognitive performance peaks, characterizing them as morning, intermediate or evening types. Chronotype is related to psychological variables such as anxiety and depression, and to the emotional regulation strategies used by individuals, namely with cognitive reassessment and expressive suppression. These, in turn, correlate with anxiety and depression. The chronotype also interferes with the ability to recognize faces, which varies significantly among healthy individuals and can be influenced by several other factors, such as anxiety and depression symptoms and emotional regulation strategies. However, there is no literature that explores how these individual variables modulate the effect of chronobiological variables on face processing. Thus, the aim of this study was to explore the moderating role of anxiety, depression and emotion regulation strategies on the effect of chronotype and time of day in a face recognition task adapted for this investigation. A sample of 49 participants was recruited, with ages between 18 and 60 years old, being 25 participants classified as morning-types and 24 participants classified as evening-types, according to their response to the Morningness-Eveningness Questionaire (MEQ). Other used instruments were the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), the Emotion Regulation Questionnaire (ERQ) and an adaptation of the Glasgow Face Matching Test (GFMT). Considering the response times in the face recognition task, it was observed that anxiety moderates the effect of chronotype, session time and their interaction in the face recognition task; that depression moderates the effect of chronotype and session time on the face recognition task; and that cognitive reappraisal moderates the interaction effect between chronotype and session time on the face recognition task. No significant effects were observed regarding accuracy in task performance. The present study is innovative, demonstrating for the first time the influence of anxiety and depression symptoms and emotion regulation strategies on the effect of chronotype and time of day on performance in a face recognition task. This opens the door to new studies within the field of chronopsychology that intend to further explore the preliminary conclusions advanced here.2025-07-12T00:00:00Z2023-07-12T00:00:00Z2023-07-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/39627porRibeiro, Adriana Oliveirainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:17:27Zoai:ria.ua.pt:10773/39627Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:09:46.931297Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O cronótipo permite distinguir os indivíduos tendo em conta as suas preferências relacionadas com o horário ótimo para dormir e para trabalhar e os seus picos de desempenho físico e cognitivo, caracterizando-os como matutinos, intermédios ou vespertinos. O cronótipo relaciona-se com variáveis psicológicas como a ansiedade e a depressão, e com as estratégias de regulação emocional utilizadas pelos indivíduos, nomeadamente com a reavaliação cognitiva e a supressão expressiva. Por sua vez, estas correlacionam-se com a ansiedade e a depressão. O cronótipo também interfere com a capacidade de reconhecimento de faces, que varia significativamente entre indivíduos saudáveis e pode ser influenciada por diversos outros fatores, como a sintomatologia ansiosa, depressiva e as estratégias de regulação emocional. No entanto, não existe ainda literatura que explore a forma como estas variáveis individuais podem modular o efeito das variáveis cronobiológicas no processamento de faces. Assim, o objetivo deste estudo foi explorar o papel moderador das variáveis ansiedade, depressão e estratégias de regulação emocional sobre o efeito do cronótipo e da hora do dia numa tarefa de reconhecimento de faces adaptada para esta investigação. Recorreu-se a uma amostra de 49 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos, sendo 25 participantes classificados como matutinos e 24 participantes classificados como vespertinos, de acordo com a resposta ao Morningness-Eveningness Questionaire (MEQ). Outros instrumentos utilizados foram a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), o Emotion Regulation Questionnaire (ERQ) e uma adaptação da tarefa Glasgow Face Matching Test (GFMT). Considerando os tempos de resposta na tarefa de reconhecimento de faces, observou-se que a ansiedade modera o efeito do cronótipo, da hora da sessão e da sua interação na tarefa de reconhecimento de faces; que a depressão modera o efeito do cronótipo e da hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces; e que a reavaliação cognitiva modera o efeito de interação entre o cronótipo e a hora da sessão na tarefa de reconhecimento de faces. Não foram verificados efeitos significativos no que diz respeito aos acertos na tarefa. O presente estudo é inovador, demonstrando pela primeira vez uma influência da sintomatologia ansiosa e depressiva e das estratégias de regulação emocional no efeito do cronótipo e da hora do dia no desempenho numa tarefa de reconhecimento de faces. Abrem-se assim portas a novos estudos dentro da área da cronopsicologia que pretendam aprofundar as conclusões preliminares aqui avançadas. |
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