Da cultura do ecrã na visão: alguns resultados de uma abordagem epistémica desobediente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Pedro Rodrigues
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/68211
Resumo: Sabe-se que diferentes tipos de ecrãs e seus diferentes usos têm provocado diferenças comportamentais e sociais assinaláveis. A maioria dos estudos provém da América do Norte, focados essencialmente nos usos da Televisão. Recentemente, a relação entre os usos de TV e os usos de Internet tem permitido comparações dinâmicas, revelando diferenças assinaláveis nas consequências ao nível comportamental, social e cultural. Este artigo, apresenta alguns resultados de uma tese de doutoramento que comparou jovens e adultos utilizadores de vários tipos de ecrãs (Cinema, TV, Computadores, Smartphones e Tablets) e jovens e adultos utilizadores apenas de TV. Essa comparação, a indivíduos com perfis socioeconómicos semelhantes, indiciou diferenças qualitativas significativas ao nível da aprendizagem, do pensamento, dos usos da memória, dos processos de socialização e na individuação de arquétipos. A comparação justifica-se devido ao uso de TV pelos portugueses, que correspondia, em média, a 215 minutos por dia entre 2000 a 2008. Essa duração tornou-se um valor estável, no geral, embora os mais jovens (entre os 4 e os 14 anos) tenham diminuído a visualização para 180 minutos devido a um maior uso da Internet. A comparação aqui executada baseou-se nestes dados, apoiando-se todavia numa metodologia qualitativa, quer através dos discursos quer na articulação com dados de outros estudos. Os resultados indiciam que usar mais tipos diferentes de ecrãs (TV, Internet, Smartphones e Tablets), em comparação com aqueles que apenas usam o ecrã-TV, tende a provocar diferenças na predisposição para a aprendizagem, na postura crítica e na relação para com a informação.
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