Motivação para a prática de atividades aquáticas: a perspetiva da teoria da autodeterminação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/4026 |
Resumo: | Estudo 1 - Validação Preliminar do Goal Content Exercice Questionnaraire (GCEQ) no Contexto das Atividades Aquática Compreender os motivos que levam as pessoas a optar por uma determinada atividade desportiva, além de contribuir para a gestão e propedêutica de quem ensina, a análise dos Conteúdos dos Objetivos podem ser úteis para a compreensão de comportamentos adaptativos resultantes do exercício (Sebire, S., Standage, M. & Vansteenkiste, M., 2009). À luz da SDT (Self-Determination Theory)(SDT: Deci & Ryan, 1985), os objetivos podem ser classificados de acordo com o seu conteúdo (intrínsecos vs. extrínsecos) e regulação (autónomo vs. controlado), sendo os objetivos intrínsecos os que mais se aproximam da satisfação das necessidades básicas (autonomia, competência e o relacionamento interpessoal) enquanto os objetivos extrínsecos reportam para as recompensas e comportamento controlado. Assim, o principal objetivo do presente estudo é validar preliminarmente a versão Portuguesa do Goal Content Exercice Questionnaire (Sebire, Standage e Vansteenkiste, 2008). O nosso estudo contou com a participação de 241 adultos praticantes de atividades aquáticas (N=241) de ambos os géneros (179 femininos e 62 masculinos), com uma média de idades de 55.67±14.27 anos (entre os 21 e 87 anos). Os dados alcançados com recurso à Análise Fatorial Exploratória, identificam os 5 fatores que estão na base da fundamentação teórica do Conteúdo dos Objetivos: RS (Reconhecimento Social); DC (Desenvolvimento Competências); AS (Afiliação Social); I (Imagem) e S (Saúde). Os resultados alcançados, indicam que o GCEQ possui qualidades psicométricas iniciais bastante aceitáveis, pelo que poderá ser utilizado com elevado grau de validade e fiabilidade na avaliação do conteúdo dos objetivos para a prática de atividades aquáticas. No entanto, dada a inexistência de peso fatorial relevante do item 6 com o respetivo fator, bem como, o facto do item 12 surgir com pesos fatoriais distribuídos por 2 fatores, propomos a sua eliminação e aconselhamos a sua revisão semântico-lexical em estudos futuros. Estudo 2 - Motivação para a Prática de Atividades Aquáticas. A Perspetiva da Teoria da Autodeterminação De acordo com a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination Theory) (SDT: Deci & Ryan, 1985), a regulação comportamental pode assumir diversas formas que são refletidas ao longo de um continuum motivacional. Este continuum é visto como um processo de interiorização do comportamento, que pode assumir formas menos ou mais autodeterminadas. Por essa razão, a maneira como as pessoas regulam a sua motivação é muito importante no contexto do exercício, pois apesar da maioria das pessoas aderirem ao exercício por razões extrínsecas (e.g., para perder ou ganhar peso, para manterem ou melhorarem a saúde), é pouco provável que sejam persistentes e continuem com o comportamento se não gostarem de fazer exercício ou se não retirarem alguma satisfação inerente à prática (i.e., razões intrínsecas), pois são estes fatores que promovem a manutenção na atividade física ao longo do tempo. Assim, o presente estudo teve como principal objetivo, analisar as relações entre o conteúdo dos objetivos para a prática de exercício físico e os diversos tipos de regulação da motivação. Para tal, contámos com a participação de 241 adultos praticantes de atividades aquáticas (N=241) de ambos os géneros (179 femininos e 62 masculinos), com uma média de idades de 55.67±14.27 anos (entre os 21 e 87 anos). Os resultados alcançados revelam a existência de uma correlação positiva significativa entre os conteúdos intrínsecos (Saúde e Desenvolvimento de Competências) e o tipo de regulação autónoma (identificada, integrada e intrínseca). Por outro lado, também se verificou uma correlação positiva significativa entre os conteúdos extrínsecos (Reconhecimento Social) e a regulação controlada (externa e introjetada). |
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Motivação para a prática de atividades aquáticas: a perspetiva da teoria da autodeterminaçãoExercício físico - Teoria da autodeterminaçãoActividade aquática - MotivaçãoActividade aquática - Regulação do comportamentoActividade aquática - Conteúdo dos objectivosDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisEstudo 1 - Validação Preliminar do Goal Content Exercice Questionnaraire (GCEQ) no Contexto das Atividades Aquática Compreender os motivos que levam as pessoas a optar por uma determinada atividade desportiva, além de contribuir para a gestão e propedêutica de quem ensina, a análise dos Conteúdos dos Objetivos podem ser úteis para a compreensão de comportamentos adaptativos resultantes do exercício (Sebire, S., Standage, M. & Vansteenkiste, M., 2009). À luz da SDT (Self-Determination Theory)(SDT: Deci & Ryan, 1985), os objetivos podem ser classificados de acordo com o seu conteúdo (intrínsecos vs. extrínsecos) e regulação (autónomo vs. controlado), sendo os objetivos intrínsecos os que mais se aproximam da satisfação das necessidades básicas (autonomia, competência e o relacionamento interpessoal) enquanto os objetivos extrínsecos reportam para as recompensas e comportamento controlado. Assim, o principal objetivo do presente estudo é validar preliminarmente a versão Portuguesa do Goal Content Exercice Questionnaire (Sebire, Standage e Vansteenkiste, 2008). O nosso estudo contou com a participação de 241 adultos praticantes de atividades aquáticas (N=241) de ambos os géneros (179 femininos e 62 masculinos), com uma média de idades de 55.67±14.27 anos (entre os 21 e 87 anos). 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A Perspetiva da Teoria da Autodeterminação De acordo com a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination Theory) (SDT: Deci & Ryan, 1985), a regulação comportamental pode assumir diversas formas que são refletidas ao longo de um continuum motivacional. Este continuum é visto como um processo de interiorização do comportamento, que pode assumir formas menos ou mais autodeterminadas. Por essa razão, a maneira como as pessoas regulam a sua motivação é muito importante no contexto do exercício, pois apesar da maioria das pessoas aderirem ao exercício por razões extrínsecas (e.g., para perder ou ganhar peso, para manterem ou melhorarem a saúde), é pouco provável que sejam persistentes e continuem com o comportamento se não gostarem de fazer exercício ou se não retirarem alguma satisfação inerente à prática (i.e., razões intrínsecas), pois são estes fatores que promovem a manutenção na atividade física ao longo do tempo. Assim, o presente estudo teve como principal objetivo, analisar as relações entre o conteúdo dos objetivos para a prática de exercício físico e os diversos tipos de regulação da motivação. Para tal, contámos com a participação de 241 adultos praticantes de atividades aquáticas (N=241) de ambos os géneros (179 femininos e 62 masculinos), com uma média de idades de 55.67±14.27 anos (entre os 21 e 87 anos). Os resultados alcançados revelam a existência de uma correlação positiva significativa entre os conteúdos intrínsecos (Saúde e Desenvolvimento de Competências) e o tipo de regulação autónoma (identificada, integrada e intrínseca). Por outro lado, também se verificou uma correlação positiva significativa entre os conteúdos extrínsecos (Reconhecimento Social) e a regulação controlada (externa e introjetada).Serra, Luís Filipe CidMarinho, Daniel AlmeidauBibliorumTeixeira, André Manuel Tavares Machado2016-02-19T11:21:22Z2013-062013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4026TID:201016869porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:40:42Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4026Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:18.805974Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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