Perspetivas dos estudantes de Medicina sobre a morte e o processo de morrer em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Patrícia Isabel da Rosa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/47275
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2020
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spelling Perspetivas dos estudantes de Medicina sobre a morte e o processo de morrer em PortugalCuidados paliativosMorteEducação pré-médicaEstudantes de medicinaBioéticaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2020Introdução: Com o aumento das necessidades de cuidados paliativos (CP), numa população cada vez mais idosa e com doenças crónicas, torna-se essencial formar os futuros médicos nesta área. Existe informação escassa acerca das perspetivas dos estudantes de Medicina (EM) relativamente à morte e ao processo de morrer em Portugal. O principal objetivo deste estudo é analisar as opiniões dos EM sobre o que constitui uma “boa morte”. Métodos: Estudo qualitativo, com um questionário online, anónimo, respondido pelos EM. Estes tinham de classificar a sua concordância com algumas afirmações sobre as preferências dos doentes em fim-de-vida. As respostas foram analisadas descritiva e correlativamente. Resultados: Foram incluídos 775 EM, do primeiro ao sexto ano, das 8 escolas médicas portuguesas. Mais de 95% dos EM concordou que os doentes em fim-de-vida querem: ter os seus sintomas aliviados; ser respeitados e ver honradas as suas necessidades espirituais; estar rodeados de entes queridos; ser envolvidos nas decisões acerca dos seus tratamentos; completar assuntos pendentes; não ser um fardo físico e psicológico para as famílias e ser preparados para morrer e despedir-se dos seus familiares e amigos. Os EM concordaram menos com: os doentes querem que as suas famílias saibam toda a verdade acerca da sua doença; não desejam receber tratamentos para prolongar as suas vidas quando as hipóteses de sobrevivência são baixas. Cerca de 37% dos EM consideram ter conhecimentos “muito insuficientes/insuficientes” sobre CP e cuidados em fim-de-vida; menos de 7% opinou que os seus conhecimentos são “muito bons/excelentes”. Este nível de conhecimento acontece em 23% dos EM do 6º ano. Conclusão: Este estudo contribui para a melhoria da educação médica especialmente na área dos CP, tendo implicações práticas no desenvolvimento futuro dos currículos de CP existentes nas escolas médicas de Portugal.Introduction: With increasing needs in palliative care (PC) in an aging population with chronic diseases, it is paramount to educate future health-care providers. There is limited amount of information regarding medical students’ (MS) perspectives about death and the process of dying in Portugal. The purpose of this study is to analyse the students’ opinions about what constitutes a “good death”. Methods: In this qualitative study, MS had to respond to an online and anonymous questionnaire. They had to classify their agreement on some sentences about what would end-of-life patients prefer. Their responses were then descriptive and correlatively analysed. Results: This study included first to sixth-years 775 medical students, from 8 Portuguese Medical Schools. More than 95% of the participants agree that end-of-life patients want to be relieved from uncomfortable symptoms; to be respected and to have their spiritual necessities honoured; to be surrounded by loved ones; not to be a burden to their family; to be involved in the decisions about their treatments; to complete unfinished matters, to be prepared to die and to say goodbye to their family and friends. MS agreed less with patients wanting their families to know the truth regarding their illness and not wishing to receive life-long prolonging treatments, when there are slim chances of survival. Around 37% of MS considered their knowledge about PC and end-of-life care to be “insufficient/very insufficient”; less than 7% believed their knowledge is “very good/excellent”. This opinion was also shared by 23% of sixth year MS. Conclusion: These results have practical implications in the future development and improvement of PC in undergraduate curriculum in the medical schools of Portugal.Barbosa, AntónioRepositório da Universidade de LisboaFreitas, Patrícia Isabel da Rosa2022-06-19T00:30:27Z2020-06-192020-06-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/47275TID:202622290porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:50:05Zoai:repositorio.ul.pt:10451/47275Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:59:21.393405Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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