Estratégias femininas para solucionar problemas amorosos: processos de feitiçaria da Inquisição de Lisboa (séc. XVII)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/35842 https://doi.org/10.14195/0870-4147_52_14 |
Resumo: | A feitiçaria foi um dos delitos com os quais a Inquisição se ocupou entre o século XVI e XVIII. Através da análise dos processos inquisitoriais contra as feiticeiras, conseguimos compreender melhor de que práticas eram acusadas e quais os motivos que as levavam a recorrer a superstições entre outras práticas dignas de condenação. A existência de mulheres que recorriam a superstições e práticas mágicas, objetivando solucionar problemas amorosos, desencadeou denúncias contra elas e condenações. Será com base na análise de cinco processos de mulheres condenadas por feitiçaria pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa, entre 1664 e 1698, que iremos compreender quais eram as práticas mágicas utilizadas e partilhadas pelas rés para manter relacionamentos amorosos, formando uma possível rede de solidariedade feminina destinada a resolver questões quotidianas. As fontes inquisitoriais serão essenciais para compreender qual era o posicionamento da instituição nos casos estudados, além de evidenciarem estratégias de resistência pessoal por parte das rés relativamente às acusações de que eram alvo. Em suma, pretendemos contribuir para o alargamento do conhecimento historiográfico sobre as práticas mágicas partilhadas entre mulheres condenadas por feitiçaria, e refletir acerca das suas estratégias de resistência no decurso dos seus processos. |
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