Efeito do empreendedorismo no desemprego em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Michael João Vicente
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5870
Resumo: O presente estudo investiga a relação entre o empreendedorismo, medido pelo autoemprego, e a taxa de desemprego. Teoricamente, dois efeitos são identificados na literatura especialidade. Por um lado, taxas elevadas de desemprego podem ser um incentivo para iniciar-se uma atividade independente (o efeito “refúgio”). Outro efeito poderá ser consequência das taxas elevadas de autoemprego que podem indicar um aumento da atividade empreendedora e causar uma redução do desemprego em períodos subsequentes (o efeito “Schumpeter” ou “empreendedor”). Enquanto, a primeira visão sugere uma relação positiva entre empreendedorismo e desemprego, a segunda visão aponta para uma relação negativa entre ambos. Este estudo utiliza um modelo já utilizado por Audretsch et al. (2001), tendo por base os dados anuais em série temporal, para Portugal, no período de 1982 a 2012. Verificou-se que o tecido empresarial português é constituído por muitas pequenas e microempresas e os resultados empíricos confirmam a existência de duas relações distintas entre o empreendedorismo e o desemprego: os efeitos "refúgio" e "Schumpeter". Porém, no presente estudo, o segundo efeito é efetivamente verificado de forma mais significativa para um desfasamento temporal de 4 anos. O empreendedorismo tem um efeito negativo sobre a taxa de desemprego, mas o ambiente socioeconómico e o tipo de empreendedorismo existente são apontados como causas dos valores assimétricos registados pelo modelo. As empresas criadas em Portugal surgem de um empreendedorismo de “subsistência” ou “necessidade” que não visa diretamente o crescimento.
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