Estudo comparativo de comportamentos e autoperceção em saude oral de populações adultas com e sem deficiência intelectual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Inês
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Veiga,Nélio, Correia,Maria, Coelho,Inês, Couto,Patrícia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-28902020000200064
Resumo: Resumo Objetivos: Comparar os comportamentos de saúde oral e a autoperceção da necessidade de tratamento em populações adultas com e sem deficiência intelectual. Métodos: Foi realizado um estudo de prevalência numa amostra de conveniência de 480 indivíduos com idades compreendidas entre os 18-64 anos (240 indivíduos com deficiência intelectual leve filiados na HUMANITAS e 240 sem deficiência, utentes da Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa), através da aplicação de um questionário sociodemográfico e de saúde oral onde se pretende avaliar: número de dentes naturais; frequência e técnicas de higienização; periodicidade e motivo das consultas médico-dentárias; autoperceção da condição oral e necessidade de tratamentos. A análise estatística foi realizada no software SPSS versão 22.0, com recurso aos testes estatísticos Qui-Quadrado e Mann-Whitney. Resultados: Relativamente à condição oral da população com deficiência verificou-se que 32,9% dos indivíduos tinha menos de 20 dentes, valor este superior ao da população sem deficiência (10%). Também a percentagem de higienização oral diária foi inferior na população com deficiência (79,6% vs 94,2%), assim como o uso de fio dentário (7,1% vs 47,1%) ou elixir (24,1% vs 49,2%). Verificámos ainda nos indivíduos com deficiência uma menor percentagem de consultas médico-dentárias nos últimos 6 meses (28,4% vs 59,2%), especialmente por motivo de rotina (18,8% vs 46,3%), uma maior autoperceção da necessidade de tratamento (75,2% vs 56,7%), e uma autoperceção menos favorável da condição oral, já que menos de metade (37,4% vs 56,2%) da amostra descreveu a sua condição oral como boa ou superior. Conclusões: Apesar dos fracos resultados gerais obtidos em ambas as populações, os comportamentos de saúde oral da população com deficiência intelectual são inferiores aos da população sem deficiência. Assim, a formação dos profissionais de saúde, dos cuidadores e a implementação de programas públicos de saúde oral são essenciais para melhorar a saúde oral destes indivíduos.
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