Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sckell, Soraya Nour
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Fath, Thorsten
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/714
Resumo: Este artigo confronta a tentativa habermasiana de dar continuidade ao projeto racionalista da modernida- de com a crítica de Michael Hardt e Antonio Negri de que este projeto se torna obsoleto na atual época pós- moderna, dominada pelo “Império”. De início, trata-se de uma crítica des- ses autores à concepção habermasia- na de racionalidade e práxis: não há razão comunicativa (contraposta à ra- zão estratégica) que não seja instru- mentalizada pelo Império. Em segui- da, uma crítica à teoria habermasiana de sociedade: não há mundo da vida (contraposto ao sistema) que não seja tomado pelo Império. Por fim, Hardt e Negri criticam a noção de transformação histórica: não o pro- gresso nas instituições e na constitui- ção formal, mas apenas a força vital da multitude – o poder constituinte, articulado conforme a constituição material da sociedade – pode provo- car rupturas na história.
id RCAP_5781a0a9bc71bc351014ee27e611eed6
oai_identifier_str oai:repositorio.uportu.pt:11328/714
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.ImpérioModernidadeCapitalismoAção comunicativaMultitudeEmpireModernityCapitalismCommunicative actionModernitéCapitalismeAction communicativeEste artigo confronta a tentativa habermasiana de dar continuidade ao projeto racionalista da modernida- de com a crítica de Michael Hardt e Antonio Negri de que este projeto se torna obsoleto na atual época pós- moderna, dominada pelo “Império”. De início, trata-se de uma crítica des- ses autores à concepção habermasia- na de racionalidade e práxis: não há razão comunicativa (contraposta à ra- zão estratégica) que não seja instru- mentalizada pelo Império. Em segui- da, uma crítica à teoria habermasiana de sociedade: não há mundo da vida (contraposto ao sistema) que não seja tomado pelo Império. Por fim, Hardt e Negri criticam a noção de transformação histórica: não o pro- gresso nas instituições e na constitui- ção formal, mas apenas a força vital da multitude – o poder constituinte, articulado conforme a constituição material da sociedade – pode provo- car rupturas na história.This article addresses the efforts of Habermas to continue the modern rationalistic project as well as the crit- icism of Hardt and Negri, for whom this project has become obsolete in post-modern times dominated by the so-called “Empire.” It first analyses the criticism of Hardt and Negri on the Habermasian concept of rationality and praxis: there is no communicative reason (in contrast to strategic reason) that is not instrumentalised by the Empire. It then analyses the criticism of Hardt and Negri on the theory of Habermas on society: there is no world of life (in contrast to system) that is not possessed by the Empire. Finally, it analyses the criticism of Hardt and Negri on the notion Habermas developed of historic trans- formation: it is not the progress in institutions and the formal constitu- tion that can provoke ruptures in his- tory, but only the vital force of the multitude – the constituent power, articulated according to the material constitution of society.Cet article confronte l’intention de Habermas de continuer le projet ratio- naliste de la modernité avec la criti- que de Hardt et Negri, qui soutien- nent que ce projet, à l’époque actuelle, dominée par l’Empire, est devenu obsolète. La critique de Hardt et Negri porte, tout d’abord, sur la conception de Habermas de rationali- té et de praxis : il n’y aurait pas de rai- son communicative (en opposition à la raison stratégique) qui ne soit ins- trumentalisée par l’Empire. Ensuite, Hardt et Negri contestent la théorie de Habermas sur la société: il n’y aurait pas de monde-de-la-vie (en opposi- tion au système) qui ne soit pris par l’Empire. Enfin, Hardt et Negri criti- quent la notion de transformation his- torique: seule la force vitale de la mul- titude – le pouvoir constituant, articulé selon la constitution matériel- le de la société – et non le progrès des institutions et la constitution formelle, peut provoquer des ruptures dans l’histoire.2013-10-14T14:20:47Z2006-01-01T00:00:00Z2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11328/714porSckell, Soraya NourFath, Thorsteninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-15T02:08:58ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
title Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
spellingShingle Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
Sckell, Soraya Nour
Império
Modernidade
Capitalismo
Ação comunicativa
Multitude
Empire
Modernity
Capitalism
Communicative action
Modernité
Capitalisme
Action communicative
title_short Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
title_full Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
title_fullStr Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
title_full_unstemmed Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
title_sort Entre multitude e mundo da vida: a crítica de Hardt e Negri a Habermas.
author Sckell, Soraya Nour
author_facet Sckell, Soraya Nour
Fath, Thorsten
author_role author
author2 Fath, Thorsten
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sckell, Soraya Nour
Fath, Thorsten
dc.subject.por.fl_str_mv Império
Modernidade
Capitalismo
Ação comunicativa
Multitude
Empire
Modernity
Capitalism
Communicative action
Modernité
Capitalisme
Action communicative
topic Império
Modernidade
Capitalismo
Ação comunicativa
Multitude
Empire
Modernity
Capitalism
Communicative action
Modernité
Capitalisme
Action communicative
description Este artigo confronta a tentativa habermasiana de dar continuidade ao projeto racionalista da modernida- de com a crítica de Michael Hardt e Antonio Negri de que este projeto se torna obsoleto na atual época pós- moderna, dominada pelo “Império”. De início, trata-se de uma crítica des- ses autores à concepção habermasia- na de racionalidade e práxis: não há razão comunicativa (contraposta à ra- zão estratégica) que não seja instru- mentalizada pelo Império. Em segui- da, uma crítica à teoria habermasiana de sociedade: não há mundo da vida (contraposto ao sistema) que não seja tomado pelo Império. Por fim, Hardt e Negri criticam a noção de transformação histórica: não o pro- gresso nas instituições e na constitui- ção formal, mas apenas a força vital da multitude – o poder constituinte, articulado conforme a constituição material da sociedade – pode provo- car rupturas na história.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-01-01T00:00:00Z
2006
2013-10-14T14:20:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11328/714
url http://hdl.handle.net/11328/714
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777302547664470016