Comunicação química em sistemas predador-presa alterados: um contributo para a controvérsia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/38611 |
Resumo: | O efeito de infoquímicos produzidos por duas espécies de peixes (gambúzia e perca-sol) foi avaliado em ensaios de reprodução com uma das suas presas preferenciais (omicrocrustáceo Daphnia, ou pulga-de-água). Em comparação com um controlo sem infoquímicos, Daphnia longispina respondeu de forma similar aos sinais de ambos os predadores, produzindo ninhadas mais numerosas e mais cedo, bem como reduzindo o tamanho corporal das primíparas e dos neonatos. Este decréscimo de tamanho corporal foi proporcional ao aumento na densidade de peixe (medida indirecta da concentração dos infoquímicos). A redução do tamanho corporal (quer nas primíparas, quer nosneonatos) constitui uma resposta adaptativa à predação selectiva exercida pelos peixes (preferem os exemplares de maiores dimensões). Por outro lado, o incremento dafecundidade representa um mecanismo compensatório para fazer face à mortalidade causada por predadores. Dado que ambas as espécies de peixe foram introduzidas apenas durante o século XX na fauna Europeia, era expectável que Daphnia não respondesse aos sinais químicos destes predadores, ao contrário do que sucedeu. Isto suporta a teoria de um infoquímico inespecífico, independente da espécie de predador. Mais, todas as evidências apontam para que a natureza do infoquímico esteja relacionada com a ingestão prévia da presa. |
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