Padrão terapêutico numa população de diabéticos tipo 2: relação com o tempo de doença e nível de cuidados de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, MJ
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Monteiro, M, Pereira, P, Freitas, M, Marques, O
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.23/683
Resumo: Introdução A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) exige alterações terapêuticas constantes e cuidados de saúde diferenciados ao longo da sua evolução. Objetivo caracterizar uma população de DM2 internados quanto ao tempo de evolução, seguimento médico, tratamento, HbA1c, motivo e tempo de internamento. Materiais e métodos Estudo transversal baseado nos processos clínicos dos doentes com DM2 internados no Serviço de Medicina Interna do Hospital de Braga, entre 3 de junho e 11 de novembro de 2011. Variáveis estudadas: idade, sexo, tempo e motivo de internamento, nível de cuidados de saúde, tempo de evolução, HbA1c, tratamento. Considerou‐se um nível de significância de 5%. Resultados Identificaram‐se 286 internamentos de doentes com DM2 (27,1%), obtendo‐se dados em 179 doentes. Idade mediana de 78,0 anos; 53,6% mulheres; tempo de internamento 9,0 dias; tempo de evolução da DM2: 21,8% (< 5 anos) e 24,6% (> 20 anos); 71,5% vigiados nos cuidados de saúde primários (CSP), 22,9% nos secundários (CSS); 66,5% medicados com ADO, 12,3% com ADO e insulina e 16,8% apenas com insulina; HbA1c mediana de 6,8%. Os doentes com maior tempo de evolução apresentaram pior controlo metabólico (p = 0,006) e maior taxa de insulinização (p = 0,001). Relativamente aos CSP, os doentes dos CSS tinham idade inferior (p = 0,001), maior tempo de evolução (p < 0,001), maior taxa de insulinização (p < 0,001) e pior controlo metabólico (p = 0,031). Conclusão A população estudada era envelhecida, seguida predominantemente nos CSP, com baixa percentagem de insulinização, mas com bom controlo metabólico. Encontraram‐se diferenças entre os doentes dos CSP e CSS, decorrentes da natural evolução da doença.
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