A saúde mental em cuidados de saúde primários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/18537 |
Resumo: | As perturbações psiquiátricas no contexto da Clínica Geral / Medicina Geral e Familiar constituem um tema que tem vindo a ser estudado desde a década de 1960, sendo uma matéria complexa e com múltiplas implicações. Os estudos epidemiológicos mais recentes demonstram que as perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental se tornaram a principal causa de incapacidade e uma das principais causas de morbilidade nas sociedades modernas. E, para além dos indivíduos que apresentam uma perturbação diagnosticável, muitos têm problemas de saúde mental que podem ser considerados subliminares, que não preenchem os critérios de diagnóstico, mas que se encontram também em sofrimento, devendo beneficiar de intervenções. Desta forma, os serviços de saúde mental devem organizar-se de forma a garantir acessibilidades, prestação de cuidados essenciais, integrando um conjunto diversificado de unidades e programas que respondam de forma efectiva às necessidades das populações. Para que estes serviços funcionem, é de primordial importância uma articulação estreita com os cuidados de saúde primários, tendo os especialistas em Medicina Geral e Familiar um papel decisivo neste âmbito, existindo diferentes modelos de articulação entre a psiquiatria e os cuidados de saúde primários, que serão analisados neste artigo. É assim necessária a integração dos cuidados de saúde mental no sistema geral de saúde, tanto a nível dos cuidados primários, bem como dos hospitais gerais e dos cuidados continuados, de modo a facilitar o acesso e a diminuir a institucionalização. O especialista em Medicina Geral e Familiar contacta com a grande maioria dos doentes que sofrem de perturbações psiquiátricas e depende de si a identificação e diagnóstico desses casos, sendo também da sua responsabilidade decidir quais os doentes que referencia para os cuidados especializados de saúde mental. Assim sendo, os Clínicos Gerais / Médicos de Família encontram-se em situação privilegiada para o reconhecimento, manejo e encaminhamento das perturbações psiquiátricas entre os seus utentes. A articulação entre os cuidados de saúde mental e os cuidados de saúde primários é o caminho para a prestação de cuidados de qualidade, em que os diferentes profissionais trabalhem em equipa, em harmonia e com vantagens mútuas. |
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