Endividamento Antes e Após a Introdução do Euro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaspar, Catarina da Conceição de Pinho
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6180
Resumo: Em resultado da passagem para estabilidade monetária, analisamos a taxa de esforço real com o serviço de dívida para Portugal num contexto de diminuição das taxas de juro nominais. Os dados utilizados são mensais e cobrem o período de Janeiro de 1991 a Setembro de 2013. Foi aplicado o UECM do modelo ARDL que permitiu capturar os efeitos de curto-prazo e longo-prazo. Os resultados revelam que a realidade portuguesa tem dois comportamentos distintos, um antes e outro depois da efetivação da união monetária. Detetamos a presença de diferentes variáveis na explicação do nível de endividamento, para cada um dos períodos. No primeiro período (1991M1-1998M12) apenas a variável esforço financeiro é relevante na explicação do nível de endividamento dos agentes económicos. No segundo período (1999M1-2013M9) a variável profundidade financeira, balança de pagamentos da Alemanha e saldo conjunto da balança corrente e de capital também se revelaram estatisticamente significantes no aumento do nível de endividamento. A investigação suporta para o primeiro período, que o aumento do esforço financeiro reduz o nível de endividamento dos agentes económicos. No segundo modelo, estamos perante a presença de um choque estrutural, resultado da mudança de regime que ocorreu na economia. Neste período, para uma diminuição do esforço financeiro ocorre uma diminuição do nível de endividamento, no longo-prazo. Os resultados suportam a existência de uma mudança de regime que ocorreu por volta de 1999, cuja natureza económica produziu um impacto de tal magnitude que originou a mudança de endividamento, no antes e após a introdução do euro. Para o segundo período (1999M1-2013M9) concluiu-se sobre a presença de cointegração entre o esforço financeiro e o endividamento.
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