Quando o mal afinal não é mau!
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732020000300012 |
Resumo: | Introdução: Entre as numerosas causas de linfadenopatia, a tuberculose e o linfoma são relativamente comuns e potencialmente curáveis. A tuberculose ganglionar é a forma mais comum de tuberculose extrapulmonar, sendo os gânglios cervicais os mais afetados. Descrição de caso: Homem de 87 anos de idade, caucasiano, pertencente a uma família alargada, de classe social média baixa, com dependência grave, segundo a escala de Barthel. Dos antecedentes pessoais destaca-se doença cerebrovascular, fibrilhação auricular paroxística e insuficiência cardíaca, com fração de ejeção ligeiramente reduzida. O doente foi observado no domicílio pelo seu médico de família por um papo no pescoço (sic) que tinha surgido há cerca de quatro dias. Apresentava uma linfadenopatia supraclavicular esquerda com dor local e anorexia. Negava febre, tosse, hipersudorese noturna e perda ponderal. A linfadenopatia apresentava características suspeitas e sinais inflamatórios locais. Foi instituída antibioterapia e requisitada uma ecografia das partes moles para melhor caracterização. A ecografia sugeriu eventual doença linfoproliferativa ou adenite bacilar. Devido à ausência de resposta à antibioterapia, ao estudo analítico sem alterações relevantes e à TAC do tórax revelar um conglomerado adenopático com alguma necrose associada no cavado supraclavicular esquerdo, o doente foi encaminhado para o serviço de urgência e internado para estudo. A pesquisa de BAAR/DNA BK no exsudado foi positiva pelo que foi assumido tratar-se de um quadro compatível com linfadenite tuberculosa e o doente iniciou tuberculostáticos. Teve alta com indicação de encaminhamento para o Centro de Diagnóstico Pneumológico. Comentário: Estabelecer um diagnóstico de tuberculose extrapulmonar é um desafio. A continuidade de cuidados pelo médico de família permite acompanhar a evolução clínica de forma a adotar a abordagem que considere mais oportuna. Além disso, possibilita antecipar e preparar a família para uma eventual crise e fornecer o apoio para uma melhor estabilização psicossocial do agregado familiar. |
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