Solidão, o mal dos tempos modernos?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacob, Luis
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/24935
Resumo: Este é o século mais solitário que a Humanidade já conheceu. (Hertz, 2021). Num estudo internacional feito em 2019, nos Países Baixos, quase um terço dos adultos admite ser solitário e um em cada cinco millennials (nascidos entre 1980 e 2000) nos Estados Unidos diz não ter amigos. Se a situação é transversal a todos as idades, é especialmente sentida nos mais velhos (do mesmo estudo 60% dos utentes dos lares de idosos nos Estados Unidos não têm visitantes, e no Japão, idosos cometem pequenos crimes só para serem presos e, deste modo, terem interação com outras pessoas). O impacto da solidão na velhice traduz-se num desejo profundo de se sentir entendido e compreendido. A afirmação “na velhice, a solidão pesa, mata” (Barreto, 1992, p. 30) exprime com fidelidade as queixas dos idosos. Para esta autora, em muitas circunstâncias, a solidão passa a constituir um estado, uma maneira de ser, ultrapassando o nível do sentimento. A ausência de outros e a impossibilidade de chegar até eles podem causar uma dor extremamente profunda, assim como olhar para o que se perdeu e admiti-lo como irrecuperável, tudo isto aumenta o sentimento de solidão. É muito importante que o idoso não caia numa autorreclusão, não se feche num ciclo de solidão, que só agrava o seu estado de isolamento e apatia.
id RCAP_58d5e8a65b4aa76f85273e4c95cbe2dc
oai_identifier_str oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/24935
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Solidão, o mal dos tempos modernos?SolidãoGerontologiaEste é o século mais solitário que a Humanidade já conheceu. (Hertz, 2021). Num estudo internacional feito em 2019, nos Países Baixos, quase um terço dos adultos admite ser solitário e um em cada cinco millennials (nascidos entre 1980 e 2000) nos Estados Unidos diz não ter amigos. Se a situação é transversal a todos as idades, é especialmente sentida nos mais velhos (do mesmo estudo 60% dos utentes dos lares de idosos nos Estados Unidos não têm visitantes, e no Japão, idosos cometem pequenos crimes só para serem presos e, deste modo, terem interação com outras pessoas). O impacto da solidão na velhice traduz-se num desejo profundo de se sentir entendido e compreendido. A afirmação “na velhice, a solidão pesa, mata” (Barreto, 1992, p. 30) exprime com fidelidade as queixas dos idosos. Para esta autora, em muitas circunstâncias, a solidão passa a constituir um estado, uma maneira de ser, ultrapassando o nível do sentimento. A ausência de outros e a impossibilidade de chegar até eles podem causar uma dor extremamente profunda, assim como olhar para o que se perdeu e admiti-lo como irrecuperável, tudo isto aumenta o sentimento de solidão. É muito importante que o idoso não caia numa autorreclusão, não se feche num ciclo de solidão, que só agrava o seu estado de isolamento e apatia.CIE - Comunicacao e Imprensa Especializada, LdaBiblioteca Digital do IPBJacob, Luis2022-01-27T16:08:00Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/24935porLuía, Jacob (2021). Solidão, o mal dos tempos modernos?. DIGNUS – Revista Técnica de Geriatria e Gerontologia. 7, p. 12-12info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:55:15Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/24935Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:15:29.725263Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Solidão, o mal dos tempos modernos?
title Solidão, o mal dos tempos modernos?
spellingShingle Solidão, o mal dos tempos modernos?
Jacob, Luis
Solidão
Gerontologia
title_short Solidão, o mal dos tempos modernos?
title_full Solidão, o mal dos tempos modernos?
title_fullStr Solidão, o mal dos tempos modernos?
title_full_unstemmed Solidão, o mal dos tempos modernos?
title_sort Solidão, o mal dos tempos modernos?
author Jacob, Luis
author_facet Jacob, Luis
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Biblioteca Digital do IPB
dc.contributor.author.fl_str_mv Jacob, Luis
dc.subject.por.fl_str_mv Solidão
Gerontologia
topic Solidão
Gerontologia
description Este é o século mais solitário que a Humanidade já conheceu. (Hertz, 2021). Num estudo internacional feito em 2019, nos Países Baixos, quase um terço dos adultos admite ser solitário e um em cada cinco millennials (nascidos entre 1980 e 2000) nos Estados Unidos diz não ter amigos. Se a situação é transversal a todos as idades, é especialmente sentida nos mais velhos (do mesmo estudo 60% dos utentes dos lares de idosos nos Estados Unidos não têm visitantes, e no Japão, idosos cometem pequenos crimes só para serem presos e, deste modo, terem interação com outras pessoas). O impacto da solidão na velhice traduz-se num desejo profundo de se sentir entendido e compreendido. A afirmação “na velhice, a solidão pesa, mata” (Barreto, 1992, p. 30) exprime com fidelidade as queixas dos idosos. Para esta autora, em muitas circunstâncias, a solidão passa a constituir um estado, uma maneira de ser, ultrapassando o nível do sentimento. A ausência de outros e a impossibilidade de chegar até eles podem causar uma dor extremamente profunda, assim como olhar para o que se perdeu e admiti-lo como irrecuperável, tudo isto aumenta o sentimento de solidão. É muito importante que o idoso não caia numa autorreclusão, não se feche num ciclo de solidão, que só agrava o seu estado de isolamento e apatia.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2021-01-01T00:00:00Z
2022-01-27T16:08:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10198/24935
url http://hdl.handle.net/10198/24935
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Luía, Jacob (2021). Solidão, o mal dos tempos modernos?. DIGNUS – Revista Técnica de Geriatria e Gerontologia. 7, p. 12-12
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv CIE - Comunicacao e Imprensa Especializada, Lda
publisher.none.fl_str_mv CIE - Comunicacao e Imprensa Especializada, Lda
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799135437615267840