Prevalência da dor lombar em enfermeiros em contexto hospitalar
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/4442 |
Resumo: | Enquadramento: A dor lombar é uma ocorrência bastante frequente, sobretudo em enfermeiros que trabalham em contexto hospitalar. As suas determinantes são variadas, podendo ser de cariz individual, psicossocial e profissional/organizacional. Objetivo: Identificar a prevalência e as determinantes da lombalgia em enfermeiros que trabalham em contexto hospitalar. Pretende-se ainda procurar relações entre os sintomas auto-referidos e a avaliação clínica de sinais, contribuindo para a prevenção. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo-correlacional e quantitativo. Numa primeira fase foi aplicado um questionário sobre lombalgia a 135 enfermeiros de um hospital em Lisboa. Posteriormente foi realizada uma avaliação clínica a 48 desses enfermeiros. Resultados: Os resultados evidenciam uma elevada prevalência de lombalgia (60.7%) nos enfermeiros da amostra, estando esta associada a algumas variáveis sociodemográficas, organizacionais e profissionais. Destacam-se: o grupo etário (p=0.016), a altura (p=0.035), o trabalho por turnos (p=0.044) e o tempo de profissão (p=0.005). De forma análoga, o “posicionamento/mobilização do doente na cama” (p=0.026), o “levantar o doente da cama sem ajuda mecânica” (p=0.004), o “trabalho de pé” (65.9%), o “inclinar (86.6%) e rodar (76.8%) o tronco” e a “manipulação de cargas” (85.4%) revelaram-se influentes na dor lombar. Relativamente à avaliação clínica, dos enfermeiros avaliados (n=48), 89.6% referiram dor lombar com predominância de intensidade moderada (n=38), sendo que os sintomas se mantiveram desde a resposta ao questionário. Conclusões: Conclui-se, neste estudo, que a dor lombar assume especial relevância na profissão de enfermagem. A lombalgia dos enfermeiros que trabalham em meio hospitalar é não específica e apresenta caraterísticas mecânicas. Os fatores de risco relacionados com a atividade, presentes nas tarefas desempenhadas, são os que mais contribuem para a existência de lombalgia. Recomendam-se intervenções que se baseiem na avaliação dos fatores de prognóstico de cronicidade, de modo a evitar a evolução desfavorável da lombalgia e prevenir o aparecimento de novos casos. |
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Resultados: Os resultados evidenciam uma elevada prevalência de lombalgia (60.7%) nos enfermeiros da amostra, estando esta associada a algumas variáveis sociodemográficas, organizacionais e profissionais. Destacam-se: o grupo etário (p=0.016), a altura (p=0.035), o trabalho por turnos (p=0.044) e o tempo de profissão (p=0.005). De forma análoga, o “posicionamento/mobilização do doente na cama” (p=0.026), o “levantar o doente da cama sem ajuda mecânica” (p=0.004), o “trabalho de pé” (65.9%), o “inclinar (86.6%) e rodar (76.8%) o tronco” e a “manipulação de cargas” (85.4%) revelaram-se influentes na dor lombar. Relativamente à avaliação clínica, dos enfermeiros avaliados (n=48), 89.6% referiram dor lombar com predominância de intensidade moderada (n=38), sendo que os sintomas se mantiveram desde a resposta ao questionário. Conclusões: Conclui-se, neste estudo, que a dor lombar assume especial relevância na profissão de enfermagem. A lombalgia dos enfermeiros que trabalham em meio hospitalar é não específica e apresenta caraterísticas mecânicas. Os fatores de risco relacionados com a atividade, presentes nas tarefas desempenhadas, são os que mais contribuem para a existência de lombalgia. Recomendam-se intervenções que se baseiem na avaliação dos fatores de prognóstico de cronicidade, de modo a evitar a evolução desfavorável da lombalgia e prevenir o aparecimento de novos casos.Abstract Background: Low back pain is common in nurses working in hospitals. The causes for this pain are various and can have its origins in individual, psychosocial and professional/organizational factors. Objective: To identify the prevalence and the causes of low back pain in nurses working in hospitals and relate the self-reported symptoms with clinical evaluation in order to contribute to the prevention. Method: This study is cross-sectional, descriptive-correlative and quantitative. Initially a questionnaire was applied on low back pain (adaptation of the Nordic Musculoskeletal Questionnaire) to 135 nurses at a hospital in Lisbon. Later was performed a clinical evaluation of 48 of these nurses. Results: The results show a high prevalence of low back pain (60.7%) in the sample nurses, this being associated with some sociodemographic, organizational and professional variables. Stand out from the age group (p=0.016), height (p=0.035), shift work (p=0.044) and length of service (p=0.005). Also “the positioning/mobilization of patient in bed” (p=0.026), “get the patient out of bed without mechanical assistance” (p=0.004), “standing” (65.9%), “tilting” (86.6%) and rotating (76.8%) the trunk” and “handling charges” (85.4%) proved related to the presence of low back pain. Concerning to clinical evaluation, 89.6% of nurses involved (n=48) reported suffering from low back pain with moderate intensity (n=38), and the symptoms remained since the response to the questionnaire. Conclusions: With this study, we come to the conclusion that low back pain is particularly relevant in the nursing profession. Low back pain of nurses working in hospitals is non-specific and has mechanical characteristics. Risk factors related to the activity, present in the tasks performed, are the most important to the existence of low back pain. It is recommended to work on interventions that are based on the evaluation of prognostic factors for chronicity in order to avoid the unfavorable evolution of low back pain and to prevent the appearance of new cases.Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional das Beiras, Departamento de Economia, Gestão e Ciências SociaisRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuSantos, PedroMartins, RosaSerranheira, Florentino2017-04-01T00:30:11Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4442porSantos, P. M., Martins, R. & Serranheira, F. (2016). Prevalência da dor lombar em enfermeiros em contexto hospitalar. Gestão e Desenvolvimento, 24, 161-171.0872-556Xinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:13Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4442Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:02.542392Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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