Sucessos e limitações na avaliação de tendências populacionais e distribuição de aves de rapina noturnas e noitibós usando ciência cidadã
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/26257 |
Resumo: | As aves de rapina noturnas e os noitibós têm hábitos noturnos, necessitando por isso de métodos de censo específicos. Estes grupos de aves são frequentemente pouco estudados por causa das dificul - dades associadas ao censo de espécies pouco abundantes, discretas e detetadas sobretudo de noite. Uma vez que a ciência cidadã pode ser um meio valioso de aumentar o conhecimento sobre as tendên- cias populacionais e distribuição das aves noturnas, em 2010 iniciou-se o programa de monitorização “Noctua-Portugal” em Portugal continental. Este programa baseia-se em visitas feitas por voluntários a cinco pontos numa quadrícula 10x10 km. Nove anos de amostragem produziram estimativas razoáveis da tendência populacional das espécies mais comuns, enquanto que para espécies menos comuns, Bufo-pequeno (Asio otus) e Coruja-do-nabal (Asio flammeus ), apenas foram obtidas estimativas im- precisas ou não foi possível estimar a sua tendência. No entanto, estas são as únicas estimativas po- pulacionais à escala nacional, tendo sido usadas para responder a compromissos legais como a Direc- tiva Aves. Os resultados do programa Noctua-Portugal (2010-2018) sugerem uma tendência negativa para a Coruja-das-torres (Tyto alba), Mocho-d'orelhas (Otus scops) e Mocho-galego (Athene noctua), alertando para uma possível situação preocupante. O programa Noctua-Portugal teve um contributo modesto para conhecer a distribuição das espécies no período 2010-2018, com a maior parte da infor- mação tendo origem em bases de dados públicas, especialmente o PortugalAves/eBird, e em registos ocasionais enviados por voluntários do Noctua. O número de registos de aves noturnas inseridos em bases de dados online tem crescido ao longo do tempo, mas algumas áreas do interior de Portugal ainda têm informação insuficiente. As principais limitações na estimativa de tendências são o reduzido número de voluntários e constrangimentos analíticos associados a amostras pequenas. Ações futuras podem incluir alterações metodológicas para motivar voluntários e aumentar a robustez analítica, man- tendo os pontos de escuta como unidade de forma a assegurar a comparação com dados anteriores. |
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Sucessos e limitações na avaliação de tendências populacionais e distribuição de aves de rapina noturnas e noitibós usando ciência cidadãSuccesses and limitations in assessing population trend and distribution of owls and nightjars using citizen scienceCitizen sciencemonitoringAs aves de rapina noturnas e os noitibós têm hábitos noturnos, necessitando por isso de métodos de censo específicos. Estes grupos de aves são frequentemente pouco estudados por causa das dificul - dades associadas ao censo de espécies pouco abundantes, discretas e detetadas sobretudo de noite. Uma vez que a ciência cidadã pode ser um meio valioso de aumentar o conhecimento sobre as tendên- cias populacionais e distribuição das aves noturnas, em 2010 iniciou-se o programa de monitorização “Noctua-Portugal” em Portugal continental. Este programa baseia-se em visitas feitas por voluntários a cinco pontos numa quadrícula 10x10 km. Nove anos de amostragem produziram estimativas razoáveis da tendência populacional das espécies mais comuns, enquanto que para espécies menos comuns, Bufo-pequeno (Asio otus) e Coruja-do-nabal (Asio flammeus ), apenas foram obtidas estimativas im- precisas ou não foi possível estimar a sua tendência. No entanto, estas são as únicas estimativas po- pulacionais à escala nacional, tendo sido usadas para responder a compromissos legais como a Direc- tiva Aves. Os resultados do programa Noctua-Portugal (2010-2018) sugerem uma tendência negativa para a Coruja-das-torres (Tyto alba), Mocho-d'orelhas (Otus scops) e Mocho-galego (Athene noctua), alertando para uma possível situação preocupante. O programa Noctua-Portugal teve um contributo modesto para conhecer a distribuição das espécies no período 2010-2018, com a maior parte da infor- mação tendo origem em bases de dados públicas, especialmente o PortugalAves/eBird, e em registos ocasionais enviados por voluntários do Noctua. O número de registos de aves noturnas inseridos em bases de dados online tem crescido ao longo do tempo, mas algumas áreas do interior de Portugal ainda têm informação insuficiente. As principais limitações na estimativa de tendências são o reduzido número de voluntários e constrangimentos analíticos associados a amostras pequenas. Ações futuras podem incluir alterações metodológicas para motivar voluntários e aumentar a robustez analítica, man- tendo os pontos de escuta como unidade de forma a assegurar a comparação com dados anteriores.SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves2020-01-06T11:21:07Z2020-01-062019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://hdl.handle.net/10174/26257http://hdl.handle.net/10174/26257porLourenço R, Godinho C, Moreira S, Roque I & Tomé R (2019) Sucessos e limitações na avaliação de tendências populacionais e distribuição de aves de rapina noturnas e noitibós usando ciência cidadã in SPEA (2019) (Eds). Livro de Resumos do X Congresso de Ornitologia da SPEA – 1.ª edição. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboahttp://congresso.spea.pt/fotos/editor2/livroderesumosuv.pdfsimnaonaocapg@uevora.ptlourenco@uevora.ptiroque@uevora.pt221Godinho, CarlosLourenço, RuiRoque, Inêsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:19:59Zoai:dspace.uevora.pt:10174/26257Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:16:11.906947Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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