A solidão como fator de risco para a depressão, na terceira idade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Filipa Cardoso da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/15862
Resumo: Segundo Hawkley et al (2008;Savikko, Routasalo, Tilvis, Strandberg, & Pitkala 2005, cit. in Cacioppo, Hawkley, & Thisted, 2010) existem uma série de fatores situacionais que aumentam o risco de solidão, nos mais idosos, fatores esses que associados às perdas contínuas, ao declínio físico e à maior presença de incapacidades propiciam, simultaneamente, a depressão nos mais idosos (Ballone, 2002, cit. in Martins, 2008), fazendo com que esta seja a alteração psiquiátrica mais frequente nesta faixa etária: dois em cada três seniores que vão à consulta externa de psiquiatria têm depressão (Mirchandani (1991, cit. in Martins, 2008). A solidão, por sua vez, tem vindo a ser associada a diversas doenças físicas e psíquicas (depressão e ansiedade) (DiTomaso & Spinner (1997, cit. in Fernandes & Neto, 2009) existindo mesmo diversos estudos que apontam a solidão como fator de risco para a morbilidade e mortalidade (Luo, Hawkley, C, Waite & Cacioppo, 2012). Assim sendo, e tendo por base a revisão bibliográfica, o objetivo da investigação foi investigar em que medida a solidão seria um fator de risco para a depressão, na terceira- idade. A amostra foi constituída por 100 idosos isolados, referenciados pela GNR e do distrito de Braga, sendo constituída por indivíduos de ambos os géneros, com um total de 77 mulheres (77%) e 23 homens (23%). Para a colheita de dados e, uma vez que, o que pretendemos avaliar com o estudo é a solidão e a depressão, na terceira- idade e em que medida existirá uma relação entre ambos, os instrumentos escolhidos foram o questionário sociodemográfico que permitiu fazer uma caracterização individual dos participantes, em seguida, a Escala de Solidão (UCLA) que avaliou a solidão, distinguindo-a de outros construtos e, por fim, a Escala Geriátrica da Depressão (GDS) que avaliou especificamente a sintomatologia depressiva. Os resultados do presente estudo revelaram uma relação significativa entre os sentimentos de solidão e depressão e que idosos que vivem sós têm níveis de solidão estatisticamente superiores aos que vivem acompanhados. A variável sociodemográfica género demostrou influência na depressão, mas não na solidão.
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A solidão, por sua vez, tem vindo a ser associada a diversas doenças físicas e psíquicas (depressão e ansiedade) (DiTomaso & Spinner (1997, cit. in Fernandes & Neto, 2009) existindo mesmo diversos estudos que apontam a solidão como fator de risco para a morbilidade e mortalidade (Luo, Hawkley, C, Waite & Cacioppo, 2012). Assim sendo, e tendo por base a revisão bibliográfica, o objetivo da investigação foi investigar em que medida a solidão seria um fator de risco para a depressão, na terceira- idade. A amostra foi constituída por 100 idosos isolados, referenciados pela GNR e do distrito de Braga, sendo constituída por indivíduos de ambos os géneros, com um total de 77 mulheres (77%) e 23 homens (23%). Para a colheita de dados e, uma vez que, o que pretendemos avaliar com o estudo é a solidão e a depressão, na terceira- idade e em que medida existirá uma relação entre ambos, os instrumentos escolhidos foram o questionário sociodemográfico que permitiu fazer uma caracterização individual dos participantes, em seguida, a Escala de Solidão (UCLA) que avaliou a solidão, distinguindo-a de outros construtos e, por fim, a Escala Geriátrica da Depressão (GDS) que avaliou especificamente a sintomatologia depressiva. Os resultados do presente estudo revelaram uma relação significativa entre os sentimentos de solidão e depressão e que idosos que vivem sós têm níveis de solidão estatisticamente superiores aos que vivem acompanhados. A variável sociodemográfica género demostrou influência na depressão, mas não na solidão.According to Hawkley et al (2008;Savikko, Routasalo, Tilvis, Strandberg & Pitkala 2005, cit. in Cacioppo, Hawkley & Thisted, 2010) there are plenty of situational factors that increase the risk of loneliness on the most elderly people, factors that associated to continuous loses, to physical decline, and to the presence of disabilities propitiate, simultaneously, depression on elderly people (Ballone, 2002, Cit. in Martins, 2008), being this the most frequent psychic alteration at this age group: two in each three seniors that go to the external psychic appointment have depression (Mirchandani (1991, cit. in Martins, 2008). Loneliness, on the other hand, has been associated to several physical and psychic diseases (depression and anxiety) (DiTomaso & Spinner (1997, cit. in Fernandes & Neto, 2009), existing several studies that point loneliness as a risk fator to morbidity and mortality (Luo, Hawkley, C, Waite & Cacioppo, 2012). Therefore, and having as base the bibliographic review, the objetive of this study was to investigate in what dimension loneliness would be a risk fator to depression in third age. The sample is constituted by 100 isolated seniors, referenced by the GNR and the district of Braga, of both genders, with a total of 77 women (77%) and 23 men (23%). For the data collection, and once what we pretend to evaluate is loneliness and depression in third age and in what point there is a relation between both, the chosen instruments were the sociodemographic survey, which allowed making an individual characterization of the participants. Next the Scale of Loneliness (UCLA), which has evaluated loneliness distinguishing it of other constructs and, finally, the Geriatric Depression Scale (GDS) that has specifically evaluated the depressive symptomatology. The results of the present study revealed a significant relation between the feelings of loneliness and depression and that the seniors that live alone have levels of loneliness statistically superiors to those who don’t live by themselves. The sociodemographic variant showed influence on depression, but not on loneliness.Major, João CarlosVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCosta, Filipa Cardoso da2014-12-03T14:37:12Z2014-04-1020132014-04-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/15862TID:201599392porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-19T01:36:01Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/15862Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:13:10.736180Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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