Da summa divisio obrigacional meios/resultados à presunção de culpa na responsabilidade civil contratual médica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/22997 |
Resumo: | The distinction between obligations of means and obligations of result first arose in the French legal order, having been gradually accepted afterwards in other legal orders, including the Portuguese. However, the incorporation of the means/result dichotomy in our country was not immediate and there are still some that reject it. Still, most of the national academic writings and judicial decisions lean towards accepting this distinction. The acceptance of this summa divisio of private obligations doesn’t ignore the legal consequences it entails. One of them, which will be dealt with here, relates to the problem of the allocation of the burden of proof in contractual liability which, in broad strokes, is defined as: if the case concerns an obligation of result, the guilt of the debtor in the breach of the obligation is legally presumed via the application of article 799, para. 1, of the Portuguese Civil Code; however, if the case concerns a breach of an obligation of means, the creditor would be responsible of demonstrating the debtor guilt, without the application of said article 799, para. 1, of the Civil Code. The objective of this dissertation is to assert if the means/result dichotomy may or must influence the allocation of the burden of proof of guilt in private contractual liability procedures. To that effect, we opted to use the example of medical liability concerning the breach of the doctor’s contractual obligations in a doctorpatient contractual relationship, due to a recent increase in accountability of liberal professionals. This is a prime example of obligations of means. |
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Da summa divisio obrigacional meios/resultados à presunção de culpa na responsabilidade civil contratual médicaobrigações de resultadoobrigações de meiosresponsabilidade civil contratualpresunção de culpamédicopacienteobligations of meansobligations of resultprivate contractual liabilitypresumed guiltydoctorpatientDireitoThe distinction between obligations of means and obligations of result first arose in the French legal order, having been gradually accepted afterwards in other legal orders, including the Portuguese. However, the incorporation of the means/result dichotomy in our country was not immediate and there are still some that reject it. Still, most of the national academic writings and judicial decisions lean towards accepting this distinction. The acceptance of this summa divisio of private obligations doesn’t ignore the legal consequences it entails. One of them, which will be dealt with here, relates to the problem of the allocation of the burden of proof in contractual liability which, in broad strokes, is defined as: if the case concerns an obligation of result, the guilt of the debtor in the breach of the obligation is legally presumed via the application of article 799, para. 1, of the Portuguese Civil Code; however, if the case concerns a breach of an obligation of means, the creditor would be responsible of demonstrating the debtor guilt, without the application of said article 799, para. 1, of the Civil Code. The objective of this dissertation is to assert if the means/result dichotomy may or must influence the allocation of the burden of proof of guilt in private contractual liability procedures. To that effect, we opted to use the example of medical liability concerning the breach of the doctor’s contractual obligations in a doctorpatient contractual relationship, due to a recent increase in accountability of liberal professionals. This is a prime example of obligations of means.A distinção entre obrigações de meios e obrigações de resultado surgiu, pela primeira vez, no sistema jurídico francês tendo sido, posterior e gradualmente aceite por outros ordenamentos jurídicos, onde se inclui o português. Porém, a adopção desta dicotomia meios/resultado no nosso país não ocorreu de forma automática, havendo aliás quem a rejeite. Contudo, a generalidade da doutrina e da jurisprudência nacionais tendem a aplicar esta distinção. A aceitação desta summa divisio obrigacional não ignora as consequências que a sua adopção acarreta. Uma delas, que será aqui tratada, relaciona-se com a problemática do ónus da prova de culpa na responsabilidade contratual pelo não cumprimento das obrigações que, em traços gerais, se define da seguinte forma: se em causa estiver uma obrigação de resultado, presume-se, sem margem para dúvidas, a culpa do devedor por aplicação do art.º 799 n.º 1 do Código Civil; porém, tratando-se do não cumprimento de uma obrigação de meios, ficaria o credor encarregado de provar a culpa do devedor, não se aplicando a estas o referido ar.º 799 n.º1 do C.C. Ou seja, cumpre saber se a distinção entre obrigações de meios e obrigações de resultado pode ou deve influenciar a distribuição do encargo da prova de culpa nas acções de responsabilidade civil contratual. Para o efeito, optámos por usar os casos da responsabilidade do médico pelo incumprimento contratual perante o paciente, devido à recente e crescente responsabilização pelo exercício das profissões liberais. Tratase do caso paradigmático associado às obrigações de meios.Carvalho, Jorge MoraisRUNPinto, Diana José Morais Morgado Freire2017-08-31T12:33:35Z2017-07-112017-07-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/22997TID:201718642porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:10:59Zoai:run.unl.pt:10362/22997Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:27:35.974834Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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