Monitorização de Anticorpos IgG contra o vírus de Língua Azul em ovelhas Serra da Estrela em quatro concelhos da Beira Interior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Marina Margarida Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4730
Resumo: A Língua Azul ou Febre Catarral Ovina é uma doença viral transmitida por artrópodes, nomeadamente mosquitos do género Culicoides, que afeta ruminantes com maior ou menor virulência, dependendo de diversos fatores (Kyriakis, et al., 2015; Spedicato, 2016). A Língua Azul foi reconhecida há mais de 100 anos na África do Sul, sendo considerada enzoótica em todas as regiões tropicais e temperadas do mundo, no entanto, têm sido descritas alterações regionais drásticas recentes na distribuição global do vírus de Língua Azul, sobretudo na Europa, desde 1998 (Maclachlan, 2011). Assim, no presente trabalho são apresentados os resultados de um estudo sobre a monitorização de anticorpos IgG contra o vírus de Língua Azul em Ovelhas Serra da Estrela, em quatro concelhos da Beira Interior: Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Seia e Gouveia, em Fevereiro e Junho de 2016. Para tal, foram visitadas 56 explorações, num total de 105 amostras de leite do tanque e ainda 27 explorações, para recolha de um total de 204 amostras de sangue por punção da veia jugular, por centrifugação foi obtido o lacto-soro e o soro. Posteriormente, foi aplicado um teste de ELISA, com recurso a dois kits comerciais ID Screen® BlueTongue Milk Indirect e ID Screen® BlueTongue Competition para a deteção de anticorpos contra a proteína VP7 do vírus de Língua Azul. Nos resultados obtidos, constatou-se, um aumento da prevalência de anticorpos IgG contra o vírus de Língua Azul, relativamente às amostras de leite do primeiro momento, para o segundo momento de 91,07% para 93,88%, respetivamente, o que pode sugerir a emergência do vírus. E registou-se ainda, no que se refere às amostras de sangue uma diminuição da seroprevalência de 4,63% para 3,13%, respetivamente em Fevereiro e Junho de 2016, o que pode sugerir uma diminuição do alcance do vetor.
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