Mercury and methylmercury in sediment cores from the Tagus estuary
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/4278 |
Resumo: | O mercúrio é actualmente considerado um dos metais mais nocivos para o ambiente. O presente trabalho incide sobre os factores que actuam sobre o mercúrio, influenciando a sua distribuição em ambientes estuarinos. Dado o histórico de contaminação no Estuário do Tejo, foram recolhidos cores de sedimentos e separadas as águas intersticiais em dois locais distintos: um fortemente contaminado, Cala do Norte, e outro não contaminado, Ponta da Erva. Os cores foram seccionados em camadas, tendo-se posteriormente analisado os teores de mercúrio total (HgT) e metilmercúrio (MeHg) na fracção sólida dos sedimentos e HgT e HgR, bem como MeHg dissolvidos nas águas intersticiais. As concentrações de HgT e MeHg foram relacionadas com outros parâmetros obtidos na fracção sólida e nas águas intersticiais, nomeadamente pH, Eh, O2 dissolvido, humidade, e as concentrações de LOI, Al, Si, Fe, Mn, Corg, DOC, Cl-, SO4 2- e HS-. Na Cala do Norte, a concentração de mercúrio total nos sedimentos variou entre 1 e 18 μg/g enquanto na Ponta da Erva foram determinados valores mais baixos, entre 0.4 e 0.5 μg/g. Em relação às concentrações de metilmercúrio, os valores variaram entre os não detectáveis (< 0.1 ng/g) e 87 ng/g na Cala do Norte e 0.54 ng/g na Ponta da Erva. Nos dois locais, apesar da diferença de concentrações, o HgT e MeHg mostraram-se encontrar-se em equilíbrio entre a fracção sólida e águas intersticiais. Os fluxos difusivos foram calculados na interface sedimento/água de modo a estimar a mobilidade das espécies de Hg e avaliar se existem trocas entre o sedimento e a coluna de água, considerando a toxicidade do MeHg. O fluxo estimado na Cala do Norte foi de 0.30 ng/m2d para o MeHg e 0.50 ng/m2d para HgR. Na Ponta da Erva, o fluxo de MeHg foi inferior ao calculado para a Cala do Norte, 0.19 ng/m2d, enquanto para o HgR foi maior, 1.13 ng/m2d. Estes fluxos evidenciam o transporte difusivo de Hg das águas intersticiais para a coluna de água em ambos os locais, reflectindo a importância das características do sedimento que potenciam os processos de metilação do Hg. |
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O mercúrio é actualmente considerado um dos metais mais nocivos para o ambiente. O presente trabalho incide sobre os factores que actuam sobre o mercúrio, influenciando a sua distribuição em ambientes estuarinos. Dado o histórico de contaminação no Estuário do Tejo, foram recolhidos cores de sedimentos e separadas as águas intersticiais em dois locais distintos: um fortemente contaminado, Cala do Norte, e outro não contaminado, Ponta da Erva. Os cores foram seccionados em camadas, tendo-se posteriormente analisado os teores de mercúrio total (HgT) e metilmercúrio (MeHg) na fracção sólida dos sedimentos e HgT e HgR, bem como MeHg dissolvidos nas águas intersticiais. As concentrações de HgT e MeHg foram relacionadas com outros parâmetros obtidos na fracção sólida e nas águas intersticiais, nomeadamente pH, Eh, O2 dissolvido, humidade, e as concentrações de LOI, Al, Si, Fe, Mn, Corg, DOC, Cl-, SO4 2- e HS-. Na Cala do Norte, a concentração de mercúrio total nos sedimentos variou entre 1 e 18 μg/g enquanto na Ponta da Erva foram determinados valores mais baixos, entre 0.4 e 0.5 μg/g. Em relação às concentrações de metilmercúrio, os valores variaram entre os não detectáveis (< 0.1 ng/g) e 87 ng/g na Cala do Norte e 0.54 ng/g na Ponta da Erva. Nos dois locais, apesar da diferença de concentrações, o HgT e MeHg mostraram-se encontrar-se em equilíbrio entre a fracção sólida e águas intersticiais. Os fluxos difusivos foram calculados na interface sedimento/água de modo a estimar a mobilidade das espécies de Hg e avaliar se existem trocas entre o sedimento e a coluna de água, considerando a toxicidade do MeHg. O fluxo estimado na Cala do Norte foi de 0.30 ng/m2d para o MeHg e 0.50 ng/m2d para HgR. Na Ponta da Erva, o fluxo de MeHg foi inferior ao calculado para a Cala do Norte, 0.19 ng/m2d, enquanto para o HgR foi maior, 1.13 ng/m2d. Estes fluxos evidenciam o transporte difusivo de Hg das águas intersticiais para a coluna de água em ambos os locais, reflectindo a importância das características do sedimento que potenciam os processos de metilação do Hg. |
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