Mobilidade pedonal e comportamento de saúde de pessoas idosas em estruturas residenciais: o caso do concelho de Leiria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, Ana Sofia Pereira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/25181
Resumo: Introdução: O fenómeno do envelhecimento da população constitui um desafio atual para a formulação de políticas públicas na procura de minimizar impactos negativos e maximizar as potencialidades que possam daí advir para a sociedade e, ainda, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. A resposta das entidades públicas, nomeadamente ao nível local, tem passado, entre outras soluções, pela aposta de tornar os espaços mais amigos da população idosa. Neste contexto, a promoção da mobilidade pedonal tem ganho preponderância, na medida em que esta se constitui como uma das atividades físicas mais praticadas pelas pessoas idosas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo principal compreender em que medida o ambiente construído envolvente de Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) contribui para a mobilidade pedonal e para comportamentos de saúde e bem-estar dos seus utentes, tanto no meio rural, como no meio urbano. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com uma abordagem quantitativa e qualitativa, sendo a metodologia adotada a de um estudo de caso, no concelho de Leiria. Foram entrevistados 13 utentes e quatro profissionais de duas ERPI localizadas no meio rural e 23 utentes e quatro profissionais de outras duas ERPI localizadas no meio urbano. O ambiente construído foi analisado com o recurso a mapas do Google Maps e com a elaboração e preenchimento de grelhas de observação adaptadas para o efeito. O comportamento de saúde foi avaliado através do Questionário de Atividade Física Habitual. Resultados: Os resultados sugerem que, comparando o meio rural com o urbano, a maioria das pessoas idosas residentes nas ERPI deslocam-se sozinhas para o seu exterior (100% versus 73,9%), assim como, conhecem (100% versus 82,6%) e frequentam (76,9% versus 68,4%) os serviços e equipamentos ali existentes. Contudo, são poucos os que o fazem diariamente (46,1% versus 21,7%). O ambiente construído do meio urbano é mais dotado de serviços e equipamentos que o rural, no entanto, observou-se, em ambos os meios, a existência de barreiras físicas que podem condicionar a mobilidade pedonal dos utentes. Os utentes do meio rural apresentam resultados mais favoráveis para o comportamento de saúde e atividade física, do que os do meio urbano. Conclusões: No desenho de espaços amigos da população idosa por parte do poder local, a perspetiva da população idosa institucionalizada não deve ser excluída, já que esta população, não só tem direito a usufruir desses espaços (serviços, atividades, espaços públicos), como também tira partido dos mesmos, questões fundamentais para fazer face ao desafio inerente ao fenómeno do envelhecimento demográfico
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Objetivo: Este estudo tem como objetivo principal compreender em que medida o ambiente construído envolvente de Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) contribui para a mobilidade pedonal e para comportamentos de saúde e bem-estar dos seus utentes, tanto no meio rural, como no meio urbano. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com uma abordagem quantitativa e qualitativa, sendo a metodologia adotada a de um estudo de caso, no concelho de Leiria. Foram entrevistados 13 utentes e quatro profissionais de duas ERPI localizadas no meio rural e 23 utentes e quatro profissionais de outras duas ERPI localizadas no meio urbano. O ambiente construído foi analisado com o recurso a mapas do Google Maps e com a elaboração e preenchimento de grelhas de observação adaptadas para o efeito. O comportamento de saúde foi avaliado através do Questionário de Atividade Física Habitual. Resultados: Os resultados sugerem que, comparando o meio rural com o urbano, a maioria das pessoas idosas residentes nas ERPI deslocam-se sozinhas para o seu exterior (100% versus 73,9%), assim como, conhecem (100% versus 82,6%) e frequentam (76,9% versus 68,4%) os serviços e equipamentos ali existentes. Contudo, são poucos os que o fazem diariamente (46,1% versus 21,7%). O ambiente construído do meio urbano é mais dotado de serviços e equipamentos que o rural, no entanto, observou-se, em ambos os meios, a existência de barreiras físicas que podem condicionar a mobilidade pedonal dos utentes. Os utentes do meio rural apresentam resultados mais favoráveis para o comportamento de saúde e atividade física, do que os do meio urbano. Conclusões: No desenho de espaços amigos da população idosa por parte do poder local, a perspetiva da população idosa institucionalizada não deve ser excluída, já que esta população, não só tem direito a usufruir desses espaços (serviços, atividades, espaços públicos), como também tira partido dos mesmos, questões fundamentais para fazer face ao desafio inerente ao fenómeno do envelhecimento demográficoIntroduction: The phenomenon of the ageing of the population is a current challenge for the formulation of public policies, in order to minimize negative impacts and maximize the potential for society that may come from it and, at the same time, contribute to the improvement of the elderly’s quality of life. The response of public entities, particularly at local level, is built on, among many other solutions, the investment on making spaces which can be elderly population friendly. In this context, the promotion of pedestrian mobility has gained prominence, since it constitutes one of the most practiced physical activities by the elderly. Objective: The main objective of this study is to understand the extent to which the built environment around Residential Structures for Older People (ERPI) contributes to pedestrian mobility and to the health and wellbeing behaviours of its users, both in rural and in urban areas. Methodology: It is a descriptive and exploratory study, with a quantitative and qualitative approach, and the methodology adopted is that of a case study, in the municipality of Leiria. We have interviewed 13 users and four professionals from two ERPIs located in rural areas and 23 users and four professionals from two other ERPI located in urban areas. The built environment was analysed with the use of maps of Google Maps and the elaboration and completion of observation grids adapted for this purpose. Health behaviour was evaluated using the Habitual Physical Activity Questionnaire. Results: The results suggest that, when comparing rural and urban areas, the totality or majority of older people living in ERPI move outdoors (100% versus 73.9%, respectively), as well as they are aware of (100% versus 82.6% %) and attend (76.9% versus 68.4%) the services and equipment nearby. However, only a few do that every day (46.1% versus 21.7%). The built environment in urban area is more endowed with services and equipment than the rural one, nevertheless, it was observed, in both areas, the existence of physical barriers that can affect the pedestrian mobility of the users. The rural users present more favourable results for health behaviour and physical activity, than those of the urban setting. Conclusion: The perspective of the institutionalized elderly population should not be excluded in the design of spaces that are friendly to the elderly population, since this population has, not only, the right to enjoy these spaces (services, activities, public spaces), but also to make the most of them. These are fundamental issues when facing the challenge of the demographic ageing phenomenon2019-01-24T11:37:11Z2018-12-14T00:00:00Z2018-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/25181TID:202240657porSerra, Ana Sofia Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:49:04Zoai:ria.ua.pt:10773/25181Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:58:34.805857Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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