Automedicação: algumas reflexões sociológicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/371 |
Resumo: | Com base num projecto de investigação em curso, apresentam-se neste artigo algumas reflexões sociológicas sobre a automedicação, que representam um primeiro patamar de aproximação analítica a este fenómeno e à sua constituição em objecto sociológico. Numa primeira linha de reflexão, equacionam-se as estratégias profissionais de poder que se desenvolvem em torno da automedicação, procurando dar visibilidade às transmutações sociais de que a mesma vem sendo objecto. Numa segunda linha de reflexão, e a partir de alguns dados empíricos já analisados, o fenómeno é enunciado como uma expressão da apropriação leiga dos saberes profissionais, em que se revelam diferentes modalidades de apropriação e de percepção social do risco, com desiguais configurações em diferentes grupos sociais. Numa última linha de reflexão, equaciona-se um conjunto de contributos teóricos para a interpretação das pistas analíticas encontradas. |
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Automedicação: algumas reflexões sociológicasModos de automedicaçãoPercepções leigas do riscoSaberes leigosEstratégias profissionaisCom base num projecto de investigação em curso, apresentam-se neste artigo algumas reflexões sociológicas sobre a automedicação, que representam um primeiro patamar de aproximação analítica a este fenómeno e à sua constituição em objecto sociológico. Numa primeira linha de reflexão, equacionam-se as estratégias profissionais de poder que se desenvolvem em torno da automedicação, procurando dar visibilidade às transmutações sociais de que a mesma vem sendo objecto. Numa segunda linha de reflexão, e a partir de alguns dados empíricos já analisados, o fenómeno é enunciado como uma expressão da apropriação leiga dos saberes profissionais, em que se revelam diferentes modalidades de apropriação e de percepção social do risco, com desiguais configurações em diferentes grupos sociais. Numa última linha de reflexão, equaciona-se um conjunto de contributos teóricos para a interpretação das pistas analíticas encontradas.This article, which is based on an ongoing research project, offers some sociological thoughts about self-medication. They represent a first step towards taking an analytical look at this phenomenon and to constituting it as an object for sociological study. A first line of thought weighs up the professional power strategies that are developing around self-medication and seeks to show the social transmutations which it is currently experiencing. Then some of the empirical data that the article has analysed are used to see the phenomenon as an expression of the ways in which laypeople are appropriating professional know-how - a process that reveals some different appropriation formats and social perceptions of risk, which vary from one social group to another. Lastly the author weighs up a set of theoretical contributions that she uses to interpret the analytical clues that she has found in her work.A partir d’un projet de recherche en cours, cet article présente quelques réflexions sociologiques sur l’auto-médication, qui représentent une première étape d’approche analytique de ce phénomène et de sa constitution comme objet sociologique. Dans une première ligne de réflexion, il évalue les stratégies professionnelles de pouvoir qui se développent autour de l’auto-médication, en essayant de rendre visibles les transmutations sociales dont elle fait l’objet. Dans une seconde ligne de réflexion, et à partir de certaines données empiriques déjà analysées, le phénomène est énoncé comme une expression de l’appropriation commune des savoirs professionnels, où sont révélées différentes modalités d’appropriation et de perception sociale du risque, avec des configurations inégales dans différents groupes sociaux. Une dernière ligne de réflexion présente un ensemble de contributions théoriques à l’interprétation des pistes analytiques rencontrées.Sobre la base de un proyecto de investigación en curso, se presentan en este artículo algunas reflexiones sociológicas sobre la automedicación, que presentan en un primer escalón de aproximación analítica a este fenómeno y su constitución en objeto sociológico. En una primera línea de reflexión se ecuacionan las estrategias profesionales de poder que se desenvuelven en torno a la automedicación, procurando dar visibilidad a las transmutaciones sociales de que viene siendo objeto. En una segunda línea de reflexión, y a partir de algunos datos empíricos ya analizados, el fenómeno es anunciado como una expresión de la apropiación lega de los saberes profesionales, en los que se revelan diferentes modalidades de apropiación y de percepción social del riesgo, con desiguales configuraciones en diferentes grupos sociales. En una última línea de reflexión se ecuaciona un conjunto de contributos teóricos para la interpretación de las pistas analíticas encontradas.CIES-ISCTE / CELTA2007-06-12T09:30:31Z2001-01-01T00:00:00Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/371por0873-6529Lopes, Noémia Mendesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:23:17Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/371Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:10:41.022904Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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