Plantas aromáticas usadas como condimentos: prevalência de ácidos gordos polinsaturados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Carla
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Barros, Lillian, Ferreira, Isabel C.F.R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.19084/RCA16227
Resumo: Tradicionalmente, as plantas aromáticas são adicionadas para aprimorar o sabor aos alimentos e substituir o uso excessivo de sal ou condimentos com alto teor em gordura. Reconhecidas desde a antiguidade como alimentos funcionais, estas ervas continuam a ser recomendadas em dietas contemporâneas por fornecerem benefícios fisiológicos adicionais aos requisitos nutricionais mais comuns. De entre os compostos fitoquímicos responsáveis por estas propriedades, destacam-se os ácidos gordos, especialmente os ácidos gordos essenciais, que têm papéis fundamentais no crescimento e na manutenção de um estado equilibrado de saúde. Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar a composição em ácidos gordos de vinte e seis espécies amplamente consumidas como condimentos, nomeadamente aneto, cebolinho, coentros, erva-peixeira, estragão, loureiro, malaguetas, orégãos, salsa, segurelha, tomilho-vulgar, manjerona, alecrim, alfazema, carqueja, erva-príncipe, funcho, hortelã-vulgar, hortelã-pimenta, limonete, manjericão, poêjo, salva, stévia, tomilho bela-luz e tomilho-limão. A técnica utilizada foi a de análise GC-FID (cromatografia gasosa com deteção por ionização de chama) e os resultados foram expressos em percentagem relativa dos diferentes ácidos gordos. Nos condimentos analisados, foram encontrados trinta e dois ácidos gordos diferentes, com prevalência de ácidos gordos polinsaturados (PUFA), seguidos dos ácidos gordos saturados (SFA) e monoinsaturados (MUFA). A carqueja revelou a percentagem mais elevada de SFA (60,12%), com a contribuição significativa dos ácidos palmítico (C16:0, 25,66%) e araquídico (C20:0, 13,39%). As malaguetas demonstraram uma prevalência de MUFA com elevadas percentagens de ácido oleico (C18:1n9, 19,26%), enquanto o cebolinho e o funcho apresentaram as maiores percentagens de PUFA, ambas com grandes percentagens de ácidos linoleico (C18:2n6; 22,85 e 24,38%, respetivamente) e α-linolénico (C18:3n3; 47,77 e 45,89%, respetivamente). Com este estudo foi possível aprofundar o conhecimento de várias plantas aromáticas, no que respeita à sua composição em ácidos gordos, permitindo corroborar a relevância da sua contribuição para uma melhorada nutrição.
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Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar a composição em ácidos gordos de vinte e seis espécies amplamente consumidas como condimentos, nomeadamente aneto, cebolinho, coentros, erva-peixeira, estragão, loureiro, malaguetas, orégãos, salsa, segurelha, tomilho-vulgar, manjerona, alecrim, alfazema, carqueja, erva-príncipe, funcho, hortelã-vulgar, hortelã-pimenta, limonete, manjericão, poêjo, salva, stévia, tomilho bela-luz e tomilho-limão. A técnica utilizada foi a de análise GC-FID (cromatografia gasosa com deteção por ionização de chama) e os resultados foram expressos em percentagem relativa dos diferentes ácidos gordos. Nos condimentos analisados, foram encontrados trinta e dois ácidos gordos diferentes, com prevalência de ácidos gordos polinsaturados (PUFA), seguidos dos ácidos gordos saturados (SFA) e monoinsaturados (MUFA). A carqueja revelou a percentagem mais elevada de SFA (60,12%), com a contribuição significativa dos ácidos palmítico (C16:0, 25,66%) e araquídico (C20:0, 13,39%). As malaguetas demonstraram uma prevalência de MUFA com elevadas percentagens de ácido oleico (C18:1n9, 19,26%), enquanto o cebolinho e o funcho apresentaram as maiores percentagens de PUFA, ambas com grandes percentagens de ácidos linoleico (C18:2n6; 22,85 e 24,38%, respetivamente) e α-linolénico (C18:3n3; 47,77 e 45,89%, respetivamente). Com este estudo foi possível aprofundar o conhecimento de várias plantas aromáticas, no que respeita à sua composição em ácidos gordos, permitindo corroborar a relevância da sua contribuição para uma melhorada nutrição.Traditionally, aromatic plants are added to improve the flavor and taste of meals and substitute the excessive use of salt or fatty condiments. Known since antiquity as functional foods, these herbs are still recommended in contemporary dietary programs to provide additional physiological benefits to the normal nutritional requirements. Among the phytochemicals responsible for these properties, fatty acids can be highlighted, especially essential fatty acids that play important nutritional roles in growth, reproduction and good health. Thus, the present study aimed to compare the fatty acids composition of twenty-six species widely consumed as condiments, namely dill, chives, coriander, hart's pennyroyal, tarragon, bay laurel, peppers, oregano, parsley, winter savory, common thyme, marjoram, rosemary, lavender, broom, lemon grass, fennel, spearmint, peppermint, lemon verbena, basil, pennyroyal, common sage, sweet leaf, mastic thyme, and lemon thyme. For that purpose, the technique GC-FID (gas chromatography with flame ionization detection) was used and the results were expressed in relative percentage of each fatty acid. In the assessed condiments, thirty-two different fatty acids were found, with prevalence of polyunsaturated fatty acids (PUFA), followed by saturated (SFA) and monounsaturated fatty acids (MUFA). Broom revealed the highest percentage of SFA (60.12%), with the significant contribution of palmitic (C16:0, 25.66%) and arachidic (C20:0, 13.39%) acids. Peppers revealed a prevalence of MUFA with high percentages of oleic acid (C18:1n9, 19.26%), while chives and fennel presented the highest percentages of PUFA, both with large percentages of linoleic (C18:2n6; 22.85 and 24.38%, respectively) and α-linolenic (C18:3n3; 47.77 and 45.89%, respectively) acids. With this study, it was possible to deepen the knowledge of several aromatic plants regarding to its fatty acids composition, allowing corroborate the importance of its contribution to an improved nutrition.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2019-01-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/RCA16227por2183-041X0871-018XPereira, CarlaBarros, LillianFerreira, Isabel C.F.R.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:24:39Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/16557Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:30:58.002297Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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