Fraturas subtrocantéricas atípicas e tratamento prolongado com bifosfonatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá,Lima e
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Dias,Rui, Fonseca,Fernando
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222012000300014
Resumo: Este artigo tem como objetivo a revisão da evidência científica da associação entre o tratamento prolongado com bifosfonatos e o risco de fraturas subtrocantéricas atípicas, bem como a apresentação de um caso clinico que corrobora esta associação. As fraturas subtrocantéricas atípicas têm uma incidência de 2,3/10000 habitantes/ano, tendo por definição origem em evento traumático minor ou na ausência de traumatismo, com características clinicas típicas, traço linear transverso na sua apresentação radiológica e elevada morbilidade e mortalidade (25% aos 2 anos). O efeito terapêutico dos bifosfonatos na osteoporose resulta da sua atividade antireabsortiva no osso, reduzindo o número de novos osteoclastos, diminuindo a sua atividade e estimulando a sua apoptose, com consequente diminuição do turnover ósseo. A inibição forte e prolongada desta reabsorção desregula o “turnover” normal do osso, induzindo um processo de remineralização óssea, que aumenta a rigidez óssea (“frozen bone”) e leva a acumulação de microfissuras que podem evoluir para fracturas de fadiga. A evidência científica existente e o caso que expomos não podem confirmar de forma inequívoca um aumento do risco de fraturas subtrocantéricas atípicas em consequência do uso prolongando de bifosfonatos, embora a maioria das publicações sugiram que o uso por mais de 5 anos deste classe de anti-osteoporóticos podem conduzir a fraturas subtrocantéricas de fadiga ou atípicas.
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