A poesia de Alberto de Serpa : a ordem das coisas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/610 |
Resumo: | “Não é segredo para ninguém que se vive um tempo caracterizado, em grande medida, pela invenção a todo o custo, um tempo onde o Homem, morto e enterrado Deus, parece baralhar o jogo e distribuir as cartas. Do cosmos possível se faz o caos, numa disputa em que, senhores da guerra, somos muitos, apostamos forte e vencemos nunca. Mas, nem por isso – anima certa, animus incerto, – desanimamos. Na humana e insaciável mira dos falanstérios, desfiguramos o real envolvente, retalhamo-lo, após o que, numa operação de saldo nem sempre claro, lhe passamos o respectivo atestado de menoridade. Com efeito, a mimesis, conforme múltiplas gerações, na esteira sobretudo da dupla Aristóteles/Horácio, a entenderem no Ocidente, ao estar sujeita, desde a segunda metade do século XVIII, a golpes de progressiva eficácia, tem-se acantonado, tímida e envergonhada, num fundo de cena cada vez menos discernível. […]” |
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A poesia de Alberto de Serpa : a ordem das coisasAlberto de Serpa (1906-1992)Poesia Portuguesa (séc. XX)“Não é segredo para ninguém que se vive um tempo caracterizado, em grande medida, pela invenção a todo o custo, um tempo onde o Homem, morto e enterrado Deus, parece baralhar o jogo e distribuir as cartas. Do cosmos possível se faz o caos, numa disputa em que, senhores da guerra, somos muitos, apostamos forte e vencemos nunca. Mas, nem por isso – anima certa, animus incerto, – desanimamos. Na humana e insaciável mira dos falanstérios, desfiguramos o real envolvente, retalhamo-lo, após o que, numa operação de saldo nem sempre claro, lhe passamos o respectivo atestado de menoridade. Com efeito, a mimesis, conforme múltiplas gerações, na esteira sobretudo da dupla Aristóteles/Horácio, a entenderem no Ocidente, ao estar sujeita, desde a segunda metade do século XVIII, a golpes de progressiva eficácia, tem-se acantonado, tímida e envergonhada, num fundo de cena cada vez menos discernível. […]”Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresPimentel, Fernando Jorge Vieira2010-09-29T15:55:26Z1983-011983-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/610por"ARQUIPÉLAGO. Série Ciências Humanas". Nº. 5 (Jan. 1983): 95-112info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:27:54Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/610Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:23:33.156716Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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