Ventilação Hospitalar em Ambiente Pandémico

• Autor(a) principal: Teixeira, Joana Filipa Martins
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/20104
• topic: AVAC; Energia; Cargas térmicas; Classe energética; Covid-19; Hospital; HVAC; Energy; Thermal loads; Energy class

O aparecimento do vírus Covid-19 conduziu a várias mudanças no comportamento dos edifícios, principalmente no funcionamento dos sistemas AVAC (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado). Os sistemas AVAC, corretamente ajustados, contribuem para mitigar/evitar o risco de transmissão do vírus, o que poderá levar a um aumento dos consumos de energia dos edifícios, visto que os sistemas AVAC irão ter maior esforço no funcionamento para satisfazer as recomendações das entidades de saúde para evitar a transmissão e manter a qualidade do ar interior (QAI) aceitável. O trabalho proposto pretendeu avaliar o impacto das alterações recomendadas nos sistemas AVAC, dimensionar corretamente os equipamentos AVAC tendo em consideração todos os prossupostos e perceber quais os consumos energéticos futuros de um edifício hospitalar. O edifício hospitalar em estudo foi a ampliação das urgências do Centro Hospitalar de Santo Tirso (CHST). A determinação das cargas térmicas de aquecimento e arrefecimento e o cálculo dos consumos energéticos, foram realizados através do software Carrier Hourly Analysis Program (HAP) para duas simulações: situação base (pré-Covid-19) e situação pandémica (Covid-19). Tendo sido realizadas as simulações dos impactos da situação pandémica individualmente, como a: alteração do caudal de 100 % de ar novo; desativação das unidades de recuperação de calor; alteração do nível de filtragem; impacto conjunto. As cargas térmicas obtidas foram ligeiramente diferentes para todas as simulações, possivelmente relacionadas com o aumento da necessidade de controlar a qualidade do ar interior. Calculou-se o Indicador de Eficiência Energética (IEE) para a atribuição da classe do edifício. No entanto, registaram-se diferentes classes energéticas para as duas simulações: situação base (pré-Covid-19) e situação pandémica (Covid-19). A classe energética foi igual a B- e C, respetivamente. Em suma, verificou-se que o aparecimento do vírus Covid-19 aumentou significativamente os consumos de energia e, consequentemente, os custos associados serão mais elevados.