A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10216/66511 |
Resumo: | A laguna de Aveiro é o maior sistema lagunar da costa nacional. A formação desta laguna teve início na inundação da parte terminal da grande baía, onde os rios Vouga, Caster, Antuã e Boco desaguavam durante o máximo da transgressão holocénica. Desde então, uma complexa interação de fenómenos, de onde sobressai o papel da deriva litoral transportando areias de N-S, contribuiu para o fecho da baía e a sua transformação numa ampla laguna. Simultaneamente, e à medida que a restinga avançava para sul dificultando a comunicação das águas lagunares com o oceano, o acarreio de sedimentos fluviais conduziu a um processo de colmatação natural da laguna. Este processo pôs em risco as populações (inundações, estagnação das águas, propagação de doenças…) e as atividades económicas que se desenvolveram durante a idade média e início da idade moderna na laguna (pesca, produção de sal, agricultura, comércio...). Para contrariar a tendência natural para o assoreamento e colmatação, tornou-se indispensável atuar através de construções que garantissem a permanência da comunicação com o oceano e manutenção de uma barra navegável. Neste contexto, a abertura artificial da laguna através de uma barra artificial acontece em 1808, por Luís Gomes de Carvalho. Porém os problemas não ficaram resolvidos. Em 1858, tomou as rédeas dos trabalhos para a “salvação” da laguna o engenheiro Silvério Augusto Pereira da Silva instaurando a mais longa direção de obras da barra de sempre. Durante a sua administração, as várias obras que efetuou permitiram contrariar o assoreamento natural e garantir a navegabilidade da barra e da laguna. O objeto da nossa investigação é a análise da relação entre as construções antrópicas e a dinâmica litoral da laguna de Aveiro durante o século XIX - período de 1823 a 1886. [...] |
id |
RCAP_5cd2a8b3577be2f0d0feff8c30d063ee |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/66511 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunarGeomorfologia históricaA laguna de Aveiro é o maior sistema lagunar da costa nacional. A formação desta laguna teve início na inundação da parte terminal da grande baía, onde os rios Vouga, Caster, Antuã e Boco desaguavam durante o máximo da transgressão holocénica. Desde então, uma complexa interação de fenómenos, de onde sobressai o papel da deriva litoral transportando areias de N-S, contribuiu para o fecho da baía e a sua transformação numa ampla laguna. Simultaneamente, e à medida que a restinga avançava para sul dificultando a comunicação das águas lagunares com o oceano, o acarreio de sedimentos fluviais conduziu a um processo de colmatação natural da laguna. Este processo pôs em risco as populações (inundações, estagnação das águas, propagação de doenças…) e as atividades económicas que se desenvolveram durante a idade média e início da idade moderna na laguna (pesca, produção de sal, agricultura, comércio...). Para contrariar a tendência natural para o assoreamento e colmatação, tornou-se indispensável atuar através de construções que garantissem a permanência da comunicação com o oceano e manutenção de uma barra navegável. Neste contexto, a abertura artificial da laguna através de uma barra artificial acontece em 1808, por Luís Gomes de Carvalho. Porém os problemas não ficaram resolvidos. Em 1858, tomou as rédeas dos trabalhos para a “salvação” da laguna o engenheiro Silvério Augusto Pereira da Silva instaurando a mais longa direção de obras da barra de sempre. Durante a sua administração, as várias obras que efetuou permitiram contrariar o assoreamento natural e garantir a navegabilidade da barra e da laguna. O objeto da nossa investigação é a análise da relação entre as construções antrópicas e a dinâmica litoral da laguna de Aveiro durante o século XIX - período de 1823 a 1886. [...]Porto : [Edição do Autor]20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10216/66511porMartins, Cátia Alexandra Ferreira Bragançainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-29T15:40:48Zoai:repositorio-aberto.up.pt:10216/66511Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:29:31.809428Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
title |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
spellingShingle |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar Martins, Cátia Alexandra Ferreira Bragança Geomorfologia histórica |
title_short |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
title_full |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
title_fullStr |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
title_full_unstemmed |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
title_sort |
A Barra da Laguna de Aveiro no século XIX : impactos da ação antrópica na dinâmica lagunar |
author |
Martins, Cátia Alexandra Ferreira Bragança |
author_facet |
Martins, Cátia Alexandra Ferreira Bragança |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Martins, Cátia Alexandra Ferreira Bragança |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geomorfologia histórica |
topic |
Geomorfologia histórica |
description |
A laguna de Aveiro é o maior sistema lagunar da costa nacional. A formação desta laguna teve início na inundação da parte terminal da grande baía, onde os rios Vouga, Caster, Antuã e Boco desaguavam durante o máximo da transgressão holocénica. Desde então, uma complexa interação de fenómenos, de onde sobressai o papel da deriva litoral transportando areias de N-S, contribuiu para o fecho da baía e a sua transformação numa ampla laguna. Simultaneamente, e à medida que a restinga avançava para sul dificultando a comunicação das águas lagunares com o oceano, o acarreio de sedimentos fluviais conduziu a um processo de colmatação natural da laguna. Este processo pôs em risco as populações (inundações, estagnação das águas, propagação de doenças…) e as atividades económicas que se desenvolveram durante a idade média e início da idade moderna na laguna (pesca, produção de sal, agricultura, comércio...). Para contrariar a tendência natural para o assoreamento e colmatação, tornou-se indispensável atuar através de construções que garantissem a permanência da comunicação com o oceano e manutenção de uma barra navegável. Neste contexto, a abertura artificial da laguna através de uma barra artificial acontece em 1808, por Luís Gomes de Carvalho. Porém os problemas não ficaram resolvidos. Em 1858, tomou as rédeas dos trabalhos para a “salvação” da laguna o engenheiro Silvério Augusto Pereira da Silva instaurando a mais longa direção de obras da barra de sempre. Durante a sua administração, as várias obras que efetuou permitiram contrariar o assoreamento natural e garantir a navegabilidade da barra e da laguna. O objeto da nossa investigação é a análise da relação entre as construções antrópicas e a dinâmica litoral da laguna de Aveiro durante o século XIX - período de 1823 a 1886. [...] |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 2012-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10216/66511 |
url |
http://hdl.handle.net/10216/66511 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Porto : [Edição do Autor] |
publisher.none.fl_str_mv |
Porto : [Edição do Autor] |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136205878591489 |