Ensinar literatura sem livros?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/26886 |
Resumo: | Ensino da literatura sem livros? Adoção de estratégias didático-pedagógicas é o assunto que nos abriu a luz do nosso estudo, guiado por objetivos gerais e específicos. De forma geral, pretendemos explicar como se ensina a literatura sem livros às crianças, antes e depois de entrarem para o sistema de ensino formal, tendo em conta que os responsáveis (adultos), em muitos casos, nem sequer sabem ler e escrever, e nas escolas, por vezes, não há material escrito. De modo mais específico, analisamos a forma como as crianças têm acesso ao conhecimento da literatura fora do sistema de ensino formal; identificamos a pertinência e as formas usadas para ensinar a literatura a alunos da 11ª classe, sem livros, na escola tomada como ponto de partida, e propomos algumas estratégias de uso e aproveitamento do folclore no processo de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias. Para a materialização do estudo socorremo-nos de métodos de observação e material bibliográfico. Por outro lado, a indução, a dedução e a comparação foram as técnicas que usámos para análise dos trabalhos produzidos pelos alunos inquiridos, bem como os extratos de textos de outros autores. Do estudo feito, ficamos com a sensação de que o ensino da literatura sem livros ocorre nas comunidades desde as gerações mais remotas até às atuais, veiculado sob forma de tradição oral, não somente nas horas à volta da fogueira, mas também de forma circunstancial, ou seja, sempre que for oportuno. As formas folclóricas são a base do ensino da literatura que não requer necessariamente o uso de livro, pois os mentores deste ensinamento nem sempre são letrados, mas mesmo assim dão conselho, chamada de atenção, sentenças, educam o Homem em todas as circunstâncias, quer formal quer informalmente. Numa perspetiva didático-pedagógica, os professores podem aproveitar o potencial literário que os alunos do ensino secundário trazem de casa, para se fazer o seu aprofundamento quanto ao significado semântico e ideológico, bem como prestar atenção à forma em que linguisticamente se apresentam os enunciados orais, passando-os, em seguida, para a escrita. |
id |
RCAP_5ce91aadb8ec7ab881a90f0ee011f8e0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ria.ua.pt:10773/26886 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Ensinar literatura sem livros?Ensino da literaturaOralidadeMemóriaTradição oralFolcloreGeração em geraçãoEnsino da literatura sem livros? Adoção de estratégias didático-pedagógicas é o assunto que nos abriu a luz do nosso estudo, guiado por objetivos gerais e específicos. De forma geral, pretendemos explicar como se ensina a literatura sem livros às crianças, antes e depois de entrarem para o sistema de ensino formal, tendo em conta que os responsáveis (adultos), em muitos casos, nem sequer sabem ler e escrever, e nas escolas, por vezes, não há material escrito. De modo mais específico, analisamos a forma como as crianças têm acesso ao conhecimento da literatura fora do sistema de ensino formal; identificamos a pertinência e as formas usadas para ensinar a literatura a alunos da 11ª classe, sem livros, na escola tomada como ponto de partida, e propomos algumas estratégias de uso e aproveitamento do folclore no processo de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias. Para a materialização do estudo socorremo-nos de métodos de observação e material bibliográfico. Por outro lado, a indução, a dedução e a comparação foram as técnicas que usámos para análise dos trabalhos produzidos pelos alunos inquiridos, bem como os extratos de textos de outros autores. Do estudo feito, ficamos com a sensação de que o ensino da literatura sem livros ocorre nas comunidades desde as gerações mais remotas até às atuais, veiculado sob forma de tradição oral, não somente nas horas à volta da fogueira, mas também de forma circunstancial, ou seja, sempre que for oportuno. As formas folclóricas são a base do ensino da literatura que não requer necessariamente o uso de livro, pois os mentores deste ensinamento nem sempre são letrados, mas mesmo assim dão conselho, chamada de atenção, sentenças, educam o Homem em todas as circunstâncias, quer formal quer informalmente. Numa perspetiva didático-pedagógica, os professores podem aproveitar o potencial literário que os alunos do ensino secundário trazem de casa, para se fazer o seu aprofundamento quanto ao significado semântico e ideológico, bem como prestar atenção à forma em que linguisticamente se apresentam os enunciados orais, passando-os, em seguida, para a escrita.What is it teaching literature without books? The adoption of pedagogical and didactic strategies shaded light into our study guided by the aim to explain how literature can be taught to children, before and after they have accessed the formal education, bearing in mind that, in most of the cases, their parents cannot read neither write. And, on top of that, schools generally lack written material. The objectives of this work are grounded into analyzing how children access literature knowledge off school; Identify the relevance of strategies used to teach literature for grade 11 students in the school defined as our case study; suggest some strategies for using folklore to benefit the learning and teaching process in secondary schools. On the one hand, the current study relied on observation e bibliographic research methods. On the other hand, we used the inductive and deductive approach to analyze the data collected through means of questionnaires administrated to student. Through the findings, we got the impression that the teaching of literature without using books is commonplace in communities and it dates back the ancient generations, transmitted through oral tradition, not only in around the campfire evenings, but also whenever is needed. The folklore is the ground for teaching literature which does not necessarily require books given that the storytellers, in most of the cases, are illiterate, but they still can teach, call attention, and educate a Man in either formal or informal circumstances. From the pedagogical and didactic perspective, teachers can make use of the literary potential secondary school´ students bring from home through a deep exploitation of the semantic and ideological meaning, plus the analysis of how the utterances are transferred from speech to writing.2019-10-29T16:05:35Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/26886TID:201576678porMucivame, Horácio Ângeloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:52:05Zoai:ria.ua.pt:10773/26886Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:59:47.605275Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Ensinar literatura sem livros? |
title |
Ensinar literatura sem livros? |
spellingShingle |
Ensinar literatura sem livros? Mucivame, Horácio Ângelo Ensino da literatura Oralidade Memória Tradição oral Folclore Geração em geração |
title_short |
Ensinar literatura sem livros? |
title_full |
Ensinar literatura sem livros? |
title_fullStr |
Ensinar literatura sem livros? |
title_full_unstemmed |
Ensinar literatura sem livros? |
title_sort |
Ensinar literatura sem livros? |
author |
Mucivame, Horácio Ângelo |
author_facet |
Mucivame, Horácio Ângelo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mucivame, Horácio Ângelo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ensino da literatura Oralidade Memória Tradição oral Folclore Geração em geração |
topic |
Ensino da literatura Oralidade Memória Tradição oral Folclore Geração em geração |
description |
Ensino da literatura sem livros? Adoção de estratégias didático-pedagógicas é o assunto que nos abriu a luz do nosso estudo, guiado por objetivos gerais e específicos. De forma geral, pretendemos explicar como se ensina a literatura sem livros às crianças, antes e depois de entrarem para o sistema de ensino formal, tendo em conta que os responsáveis (adultos), em muitos casos, nem sequer sabem ler e escrever, e nas escolas, por vezes, não há material escrito. De modo mais específico, analisamos a forma como as crianças têm acesso ao conhecimento da literatura fora do sistema de ensino formal; identificamos a pertinência e as formas usadas para ensinar a literatura a alunos da 11ª classe, sem livros, na escola tomada como ponto de partida, e propomos algumas estratégias de uso e aproveitamento do folclore no processo de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias. Para a materialização do estudo socorremo-nos de métodos de observação e material bibliográfico. Por outro lado, a indução, a dedução e a comparação foram as técnicas que usámos para análise dos trabalhos produzidos pelos alunos inquiridos, bem como os extratos de textos de outros autores. Do estudo feito, ficamos com a sensação de que o ensino da literatura sem livros ocorre nas comunidades desde as gerações mais remotas até às atuais, veiculado sob forma de tradição oral, não somente nas horas à volta da fogueira, mas também de forma circunstancial, ou seja, sempre que for oportuno. As formas folclóricas são a base do ensino da literatura que não requer necessariamente o uso de livro, pois os mentores deste ensinamento nem sempre são letrados, mas mesmo assim dão conselho, chamada de atenção, sentenças, educam o Homem em todas as circunstâncias, quer formal quer informalmente. Numa perspetiva didático-pedagógica, os professores podem aproveitar o potencial literário que os alunos do ensino secundário trazem de casa, para se fazer o seu aprofundamento quanto ao significado semântico e ideológico, bem como prestar atenção à forma em que linguisticamente se apresentam os enunciados orais, passando-os, em seguida, para a escrita. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-01-01T00:00:00Z 2016 2019-10-29T16:05:35Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10773/26886 TID:201576678 |
url |
http://hdl.handle.net/10773/26886 |
identifier_str_mv |
TID:201576678 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137652614627328 |