Adaptação à prisão: estudo das relações entre os processos de coping, "marcadores" de bem-estar e ajustamento psicológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/24269 |
Resumo: | Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça) |
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Adaptação à prisão: estudo das relações entre os processos de coping, "marcadores" de bem-estar e ajustamento psicológico159.97:614614:159.97343.95Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça)Este estudo visou contribuir para um aprofundamento do conhecimento sobre o funcionamento das variáveis e indicadores psicológicos no âmbito prisional e, especificamente, a sua relação com a adaptação à prisão. Apesar do elevado número de investigações já feitas no contexto da adaptação e ajustamento à prisão, existe uma lacuna na integração destes conceitos com outros constructos conceptualmente relacionados, nomeadamente constructos associados ao bem-estar e ajustamento psicológico: estratégias de coping, as crenças acerca do próprio, a capacidade para se autorregular, os estados de humor mais frequentemente experienciados, bem como os níveis de otimismo, positividade e satisfação com a vida. Os stressores a que esta população está sujeita podem dificultar a adaptação à vida intramuros. Assim, importa saber quais as estratégias normalmente implementadas pelos sujeitos para lidarem com o stress, bem como perceber quais as diferenças na seleção dessas mesmas estratégias entre indivíduos que aparentam ter conseguido um bom ajustamento à nova realidade e indivíduos que parecem lidar com maiores dificuldades com o processo de reclusão. Para melhor se compreenderem as relações entre estas variáveis, apurando que caraterísticas as aproximam e distinguem, foi utilizada uma bateria de questionários que incluía medidas disposicionais das estratégias de coping, autocontrolo, auto-avaliações e crenças, positividade, satisfação com a vida e estados de humor experienciados na “última semana”. Participaram no estudo 94 homens recluídos de um estabelecimento prisional português, com uma média de idade de aproximadamente 34 anos, com penas que variam entre penas leves e penas mais pesadas e que se encontravam recluídos por vários tipos de crimes cometidos. Os resultados obtidos indicam que existe uma relação significativa entre as estratégias de coping e os “indicadores” de adaptação. Assim, os participantes que se encontram melhor ajustados ao contexto prisional, parecem recorrer, geralmente, a estratégias focadas nos problemas e estratégias focadas nas emoções adaptativas. Por outro lado, aqueles que parecem ter maiores dificuldades em se adaptar, parecem pontuar mais alto na Perturbação Geral de Humor, o que se traduz por pensamentos, sentimentos e comportamentos menos adaptativos. Adicionalmente, verificou-se que participantes com níveis mais baixos de autocontrolo, têm maior dificuldade em controlar o consumo de substâncias e de álcool. Os resultados sugerem a natureza multifacetada do processo de adaptação à prisão, bem evidenciado pelas fortes relações entre os processos de adaptação à prisão, por um lado, e as estratégias de coping e constructos associados ou “marcadores” de ajustamento psicológico e bem-estar no contexto prisional: o Autocontrolo, a Positividade, o Otimismo e as Crenças ou Auto-Avaliações Nucleares, e Estados de Humor experienciados. Finalmente sugerese que a investigação futura deva apontar para o desenvolvimento de estratégias de coping mais adaptativas e funcionais, através de programas de intervenção específica, prevenindo a reincidência criminal e, consequentemente, prisional (Picken, 2012).The main point of this assignment is to understand psychological markers work in a prison environment and, specifically, its relation with adapting to incarceration. In spite of the high amount of research already developed in the fields of prison adaptation and adjustment, there’s a failure to establish a meaningful connection between these concepts and other conceptually related ideas, namely ideas associated with the well-being and psychological adjustment: coping mechanisms, beliefs about the self, the self regulation capacity, frequently experienced mood states, as well as optimism levels, positivity and overall satisfaction towards life. The stress factors to which this population is exposed might make adaptation to prison life all the much worst. Thus, it matters to come to a realization of what strategies are usually employed by subjects to handle stress, as well as understanding the individual differences in the selection of these strategies between individuals that seem to have succeeded in adapting to this harsh new reality and those who seem to deal with greater difficulties in the reclusion process. In order to reach a better understanding of the relations between these variables, realizing what characteristics bring them closer or apart from each other, a series of questionnaires including the dispositional measures of coping, self-control, self-assessment and beliefs, positivity, satisfaction towards life and mood states experienced over the past week. The sample is constituted by 94 inmates of a Portuguese prison, with an average age of around 34 years, with “penalties” ranging from light sentences to harsher sentences and for those who were serving a prison sentence for various types of crimes. The results indicate that there is a significant relationship between coping strategies and "indicators" of adaptation. As a result, participants who are better adjusted to the prison context seem to refer to strategies focused on issues and to strategies focused on adaptive emotions. On the other hand, those who seem to have greater difficulty in adapting seem to score higher in the General Mood Disorder, translated into thoughts, feelings and less adaptive behaviours. Furthermore, it was found that participants with lower levels of self-control have greater difficulty in controlling the use of substances and alcohol. The results point to the multifaceted nature of the adaptation process to prison, well evidenced by the strong relationship/link between the adaptation processes to prison and coping strategies, associated constructs or "markers" of psychological adjustment and well-being in the prison context: the core evaluations, positivism, Optimism and Mood States experienced. Finally, it is suggested that future research should aim to develop more adaptive coping strategies and function by way of specific intervention programmes, preventing recidivism and therefore imprisonment itself (Picken, 2012).Cruz, José Fernando A.Universidade do MinhoAfonso, Leonor Pulido Valente20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/24269porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:50:15Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/24269Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:48:54.424278Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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