Ferimentos autoinfligidos, psicopatologia e vinculação : um estudo com estudantes universitários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/18616 |
Resumo: | Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica) |
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Ferimentos autoinfligidos, psicopatologia e vinculação : um estudo com estudantes universitários159.97:614614:159.97616.89-008.441.45Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica)O presente estudo sustenta seis objetivos essenciais: 1) caraterizar os ferimentos autoinfligidos numa amostra da comunidade constituída por estudantes universitários portugueses; 2) aferir a existência de relações entre os ferimentos autoinfligidos e o sexo dos participantes; 3) avaliar diferenças entre indivíduos com e sem ferimentos autoinfligidos ao nível da psicopatologia; 4) aferir a relação entre a presença de ferimentos e o estilo de vinculação e comparar indivíduos com e sem ferimentos autoinfligidos ao nível de dimensões relevantes para a vinculação; 5) avaliar a percentagem de indivíduos cujos ferimentos descritos num instrumento de autorrelato são confirmados através da realização de uma entrevista e 6) compreender a distribuição dos indivíduos com ferimentos autoinfligidos pelos diferentes estilos de vinculação avaliados pela Adult Attachment Interview (George, Kaplan & Main, 1984). Para a concretização destes objetivos, o estudo foi dividido em duas fases. Numa primeira fase foram utilizados instrumentos de autorrelato para a caraterização dos ferimentos autoinfligidos, avaliação da sintomatologia psicopatológica e classificação do estilo de vinculação e a amostra compôs-se por 518 estudantes universitários com idades compreendidas entre os 17 e os 62 anos, sendo 347 (67.0 %) dos participantes do sexo feminino e 171 (33.0%) do sexo masculino. Numa segunda fase, foi aplicada uma entrevista de confirmação/infirmação da presença de ferimentos autoinfligidos e a Adult Attachment Interview (George, Kaplan & Main, 1984) e nesta fase a amostra compôs-se por 6 dos participantes que haviam participado na primeira fase, com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos, sendo 2 (33.3%) dos participantes do sexo masculino e 4 (66.7%) do sexo feminino. Relativamente aos resultados da primeira fase, verificou-se que 16.2% dos participantes haviam realizado, nalgum momento das suas vidas, algum tipo de ferimento autoinfligido e que 52.4% daqueles que os realizaram recorreram a mais de um método. No que respeita à frequência, 80.7% dos ferimentos foram realizados “de um a cinco dia por mês” e 54.8% realizaram-se “menos de uma vez por dia”. Não foi encontrada uma associação entre a presença de ferimentos e o sexo dos participantes, nem diferenças entre eles ao nível do número de métodos utilizados. Relativamente à psicopatologia, foram encontradas diferenças significativas entre indivíduos sem e com ferimentos, com estes últimos a pontuarem significativamente mais em todos os índices de psicopatologia. Verificou-se também uma associação significativa entre a presença de ferimentos e os estilos de vinculação, assim como diferenças entre indivíduos com e sem ferimentos ao nível de dimensões relevantes para a vinculação. Quanto aos resultados da segunda fase, em 83.3% dos casos a presença de ferimentos autoinfligidos referidos foi confirmada e em 16.7% dos casos infirmada, e 100% dos participantes foram classificados como inseguros-preocupados através da Adult Attachment Interview (George, Kaplan, & Main, 1984). Estes resultados são discutidos com recurso a uma interseção da literatura respeitante aos ferimentos autoinfligidos e à teoria da vinculação.The present study encompasses 6 major purposes: 1) to describe non-suicidal self injury on a Portuguese, community sample of university students; 2) to assess the existence of relationships between non-suicidal self injury and the sex of participants; 3) to explore differences between selfinjurers and non self-injurers on measures of psychopathology and 4) to assess the relationship between the presence of non-suicidal self injury and styles of attachment and compare self-injurers and non self-injurers on attachment relevant measures; 5) to assess the amount of participants whose injuries described on a self-report measure are confirmed by means of an interview and 6) to evaluate the distribution of self-injurers throughout the different attachment styles evaluated by the Adult Attachment Interview (George, Kaplan, & Main, 1984). In order to fulfill these purposes, the study was divided in 2 stages. On a first stage, participants filled in self-report measures of non-suicidal self injury, psychopathology and attachment and the sample was composed by 518 university students: 347 (67.0%) female and 171 (33.0%) male participants, ages ranging from 17 to 62 years old. On a second stage, a confirmation/disconfirmation of non-suicidal self injury interview and Adult Attachment Interviews were conducted and this second stage sample was composed by 4 (80%) female and 2 (20%) male participants, ages ranging from 18 to 22 years old. First stage results revealed that 16.2% of participants reported having injured themselves in some moment of their lives and 52.4% out of these 84 participants used more than one method. In what concerns behavior frequency, 80.7% of the reported injuries were inflicted “from one to five days per day” and 54.8% were inflicted “less than once a day”. No association was found between non-suicidal self injury and the sex of participants, nor did males and females differ on number of used methods. Significant differences were found between non self-injurers and self-injurers on psychopathology measures, these having scored significantly higher on all psychopathology scales. An association between non suicidal self-injury and attachment styles and significant differences between selfinjurers and non self-injurers on relevant attachment measures were also demonstrated. In what concerns second stage results, the presence of non-suicidal self injury was confirmed in 83.3% of cases and disconfirmed in 16.7%, and 100% of participants were classified as insecurepreoccupied on the Adult Attachment Interview (George, Kaplan & Main, 1984). These results are discussed by means of an intercrossing of non suicidal self-injury and attachment theory literatures.Gonçalves, SóniaUniversidade do MinhoBraga, Cátia Sofia Macedo20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/18616porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:45:11Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/18616Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:42:59.971299Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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