SOLVENTES E HIPOACUSIA- QUAL A EVIDÊNCIA?
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532019000200035 |
Resumo: | RESUMO Introdução/ Enquadramento/ Objetivos: Os Solventes estão associados a inúmeros danos para a saúde, nomeadamente perda de audição. Contudo, a lista de elementos, dentro desta família de agentes químicos, que tem esta capacidade em humanos não está claramente definida. Pretende-se, com esta revisão, descrever quais os Solventes associados à Hipoacusia e quais as particularidades envolvidas. Metodologia: Trata-se de uma Scoping Review, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2019 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina, Academic Search Ultimate, Science Direct, Web of Science, SCOPUS e RCAAP”. Conteúdo: O efeito ototóxico abarca alterações auditivas centrais e vestibulares, por mecanismo associado a stress oxidativo. A hipoacusia associada é mais percetível a nível das frequências mais elevadas. O efeito ototóxico destes agentes está melhor estudado em animais, nomeadamente várias espécies de roedores. Para além disso, na generalidade dos estudos em animais, o agente químico geralmente é apresentado com concentração elevada e por curto espaço de tempo, situação essa oposta à generalidade das exposições ocupacionais. Acredita-se que Ruido e Solventes, em relação à Hipoacusia, apresentem sinergia; mesmo para níveis inferiores aos defendidos como máximos toleráveis, pelas instituições adequadas. Discussão e Conclusões : Observa-se que a falta de consistência metodológica nos estudos encontrados não permite generalizar os resultados, impossibilitando a produção de evidência que oriente irrefutavelmente a prática clínica. Aliás, há também uma suscetibilidade individual diferente e parte dos estudos foi realizada em animais, alguns dos quais com cateterísticas metabólicas muito distintas dos humanos. Por vezes, a concentração e o tempo de exposição utilizados nessas investigações também não foram equivalentes aos que existem na generalidade dos postos de trabalho (foram exposições mais curtas, mas mais intensas, na maioria dos casos). Enquanto tais conclusões não forem publicadas e aceites consensualmente pela comunidade científica, talvez fosse sensato considerar que os níveis máximos permitidos de Ruido e Solventes estejam já num patamar de risco, pelo que deverá ocorrer esforço, a nível de medidas de proteção coletiva e individual, para minimizar estas exposições. |
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