Agricultura de conservação na perspectiva da agricultura familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Mário
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/11421
Resumo: A agricultura de conservação pode contribuir de forma decisiva para o aumento da sustentabilidade dos sistemas de culturas no Alentejo, incluindo o trabalho, pelo que tem significado importante sobre todas as formas de exploração da terra, incluindo a agricultura familiar. Este sistema de agricultura tem, a médio prazo, impactos significativos na produtividade da terra e na eficiência dos consumos intermédios e, a curto prazo, na redução do consumo de energia e do trabalho. O aumento do rendimento da terra e dos consumos intermédios resulta de um investimento na qualidade do solo. Em primeiro lugar, o controlo da erosão permite acumulação de fertilidade que, de outra forma, se perde anualmente dos campos cultivados. Mas a sementeira directa permite também uma diminuição das taxas de mineralização da matéria orgânica que, se forem associadas à manutenção dos resíduos das culturas na superfície do terreno, permitem um aumento significativo do teor de matéria orgânica do solo a médio prazo. Estes dois benefícios em conjunto, não só aumentam a produtividade da terra como permitem uma redução das adubações a aplicar. No caso do azoto, um aumento do teor em matéria orgânica de 1 para 2% aumenta a eficiência de utilização deste nutriente de 20 para 40 kg de trigo por cada kg de azoto aplicado. O aumento da transitabilidade do solo que a agricultura de conservação permite (melhor drenagem e maior coesão do solo) aumenta a oportunidade de aplicação de factores, como os adubos e ou herbicidas, o que também contribui para um aumento da eficiência da sua utilização. O aumento do rendimento do trabalho neste sistema é também muito significativo e resulta não só de uma redução do tempo necessário para a instalação das culturas, mas também de um aumento do tempo disponível (maior transitabilidade do solo e menor susceptibilidade do semeador de sementeira directa à humidade do solo, comparativamente com os semeadores tradicionais).
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