Poluição no Rio Tejo: análise de perceções e experiências de pescadores e ambientalistas contra as descargas de efluentes da indústria da celulose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calado, Francisco José Caramujo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/21120
Resumo: Em 2015, a poluição no rio Tejo agravou-se com as descargas de efluentes da indústria da celulose, levando as comunidades a mobilizarem-se contra a atividade destas empresas. Dessa maneira, é pertinente explorar como é que a comunidade de Mação perceciona e lida com a poluição no rio Tejo decorrente das descargas das fábricas da celulose. Este estudo teve como objetivos principais: analisar as perceções da comunidade sobre o modo como as descargas de efluentes das fábricas da celulose influenciam a atividade piscatória no Tejo; identificar as estratégias utilizadas pela comunidade piscatória para lidar com a poluição no Tejo; analisar o papel das organizações ambientalistas nas respostas comunitárias à poluição. Nesse sentido, foram realizadas 7 entrevistas semiestruturadas a pescadores da comunidade de Mação e a membros de associações ambientalistas. A análise temática permitiu identificar quatro temas principais: Visões e Perceções da Poluição do Tejo; Efeitos da Poluição no Tejo; Modos de Atuação Governamental e Institucional; Estratégias de Resiliência e Adaptação Comunitária. Este estudo, analisa as perceções dos participantes sobre o modo como a indústria da celulose causou alterações nas características do rio Tejo e como isso motivou a redução de fauna e, por consequência, afetou as comunidades piscatórias. A análise sugere que a comunidade tem procurado lidar com a poluição no rio Tejo, através de processos de resistência (e.g. manifestações) e desenvolvimento de estratégias adaptativas (e.g. pescar em locais menos poluídos), o que sugere algum nível de empoderamento e resiliência das comunidades.
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