Avaliação da toxicidade em lixiviados de aterro sanitário tratados eletroquimicamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Wilson Daniel Araújo da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6995
Resumo: Atualmente, a deposição em aterro sanitário é o método mais económico e utilizado na gestão de resíduos sólidos urbanos. Uma consequência inevitável da deposição de resíduos em aterro é a produção de lixiviados, efluentes líquidos resultantes do balanço hídrico dos aterros e da percolação da água na massa de resíduos, que extrai e arrasta consigo diversos materiais dissolvidos e/ou em suspensão. Devido à sua composição, os lixiviados de aterro constituem um importante problema ambiental, com efeitos tóxicos conhecidos. O seu tratamento é um dos maiores desafios na gestão de resíduos sólidos urbanos. Nos últimos anos, a aplicação de processos eletroquímicos no tratamento deste tipo de efluentes tem sido objeto de estudo, com resultados bastante promissores. No entanto, a maioria dos estudos existentes restringe- se apenas à remoção de contaminantes, sendo a influência do tratamento eletroquímico na toxicidade do lixiviado ainda pouco conhecida. Neste trabalho, foi avaliada a eficiência da oxidação eletroquímica no tratamento de lixiviados de aterro sanitário, quer pela redução de parâmetros físico-químicos, quer pela redução da ecotoxicidade. A toxicidade aguda do lixiviado, antes e depois do tratamento eletroquímico, foi avaliada através do organismo modelo Daphnia magna, recomendado pelas principais organizações internacionais, nomeadamente a American Society for Testing and Materials (ASTM), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e Organização Internacional de Normalização (ISO). O tratamento do lixiviado por oxidação eletroquímica mostrou-se eficaz na remoção da carga orgânica e azoto amoniacal, e na redução da concentração de iões metálicos. Além disso, observou-se uma redução de 2,5 vezes na toxicidade aguda para o organismo D. magna após 36 h de tratamento. No entanto, a toxicidade do lixiviado tratado ainda é muito elevada, sendo necessária a aplicação de outros tratamentos para obter um efluente não tóxico para este organismo aquático.
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