Influência de manchas de azinhal na dinâmica espacial de fogos florestais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/10499 |
Resumo: | O presente trabalho pretende testar a hipótese de que a resistência dos azinhais ao fogo depende da distribuição de combustíveis ao longo do gradiente exterior – interior dos azinhais (orlas). Com base na descrição quantitativa do complexo combustível, pretende ainda criar modelos de combustível para o azinhal e analisar o comportamento do fogo potencial, de acordo com os parâmetros do modelo de propagação do fogo de Rothermel (1972) que integra o Software BehavePlus (Andrews et al., 2004). Este trabalho iniciou-se em Abril 2007 e foi realizado na região Este do Parque Natural de Montesinho (Distrito e Concelho de Bragança), onde foi feita a identificação e descrição de todas as manchas de azinhal envolvendo os incêndios ocorridos nesta área com base em cartografia de azinhais e de fogos florestais. Ao longo das orlas de doze manchas seleccionadas quantificaram-se parâmetros estruturais dos vários estratos do complexo combustível (herbáceo, arbustivo e arbóreo), e ainda parâmetros ambientais e de relevo, necessários para a criação dos modelos de combustível para utilização com o modelo de propagação do fogo de Rothermel. Desenvolvidos os modelos e para podermos comparar inflamabilidades entre complexos de combustíveis, simulamos o comportamento do fogo em BehavePlus para os modelos de combustível de acordo com a sua distribuição ao longo do gradiente exterior – interior dos azinhais. Os modelos específicos desenvolvidos reflectem o conjunto de condições, no que diz respeito ao combustível, que é possível encontrar nos bosques de azinhal, ao longo do gradiente exterior – interior dos bosques e ainda no exterior do mesmo. Como resultados, observou-se que o fogo simulado tem uma tendência para decrescer em termos de velocidade de propagação, intensidade da frente das chamas, e comprimento da chama ao passar de áreas dominadas por matos para o azinhal. Esta alteração do comportamento do fogo nas orlas parece indicar a possibilidade de o fogo se extinguir naturalmente quando entra em contacto com os azinhais. Estas alterações do comportamento do fogo parecem estar associadas a alterações da estrutura destas orlas, não obstante outros factores poderão igualmente contribuir para este fenómeno. |
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Este trabalho iniciou-se em Abril 2007 e foi realizado na região Este do Parque Natural de Montesinho (Distrito e Concelho de Bragança), onde foi feita a identificação e descrição de todas as manchas de azinhal envolvendo os incêndios ocorridos nesta área com base em cartografia de azinhais e de fogos florestais. Ao longo das orlas de doze manchas seleccionadas quantificaram-se parâmetros estruturais dos vários estratos do complexo combustível (herbáceo, arbustivo e arbóreo), e ainda parâmetros ambientais e de relevo, necessários para a criação dos modelos de combustível para utilização com o modelo de propagação do fogo de Rothermel. Desenvolvidos os modelos e para podermos comparar inflamabilidades entre complexos de combustíveis, simulamos o comportamento do fogo em BehavePlus para os modelos de combustível de acordo com a sua distribuição ao longo do gradiente exterior – interior dos azinhais. Os modelos específicos desenvolvidos reflectem o conjunto de condições, no que diz respeito ao combustível, que é possível encontrar nos bosques de azinhal, ao longo do gradiente exterior – interior dos bosques e ainda no exterior do mesmo. Como resultados, observou-se que o fogo simulado tem uma tendência para decrescer em termos de velocidade de propagação, intensidade da frente das chamas, e comprimento da chama ao passar de áreas dominadas por matos para o azinhal. Esta alteração do comportamento do fogo nas orlas parece indicar a possibilidade de o fogo se extinguir naturalmente quando entra em contacto com os azinhais. Estas alterações do comportamento do fogo parecem estar associadas a alterações da estrutura destas orlas, não obstante outros factores poderão igualmente contribuir para este fenómeno.The current work intends to test the hypothesis that the resistance of the holmoak patches to fire depends on the distribution of fuel in the exterior-interior gradient (edges). Based in a quantitative description of the compound fuel, also intend to create fuel models to the holm-oak and analyze the behavior of the potential fire, according to the parameters of spread model of Rothermel’s fire (1972) a part of the BehavePlus software (Andrews et al., 2004). This work began in April 2007 and was executed in the East region of the Natural Park of Montesinho (District and municipality of Bragança), where we carried out the identification and description of all the holm-oak patches involving fires occurred in the area based on holm-oak and forest fires mapps. We have quantified structural parameters of the several strata of the fuel complex (herbaceous, shrubby and arboreous), and also environmental and relief parameters needful to the creation of fuel models to use with spread model of Rothermel’s fire in twelve selected patches. In order to compare models, we simulated the fire behavior in BehavePlus according to its distribution in the exterior-interior gradient of the holm-oak patches. The particular models developed here reflect the aggregation of conditions, in terms of fuel, found in the holm-oak patches, in the exterior - interior gradient of woods and also in its exterior. As results, we noticed that the simulated fire has a tendency to decrease in terms of surface rate of spread, fireline intensity and flame length passing from shrub dominated areas to the interior of woods. This variation in fire behavior on the edges seems to indicate the possibility that fire can be extinguish naturally when contact the woods. These changes of fire behavior seem to be associated to the modifications of vegetation structure in these edges, despite other factors that contribute to this phenomenon.Azevedo, JoãoBiblioteca Digital do IPBPossacos, Anabela2014-09-19T15:21:25Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/10499porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:25:15Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/10499Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:01:25.921332Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente trabalho pretende testar a hipótese de que a resistência dos azinhais ao fogo depende da distribuição de combustíveis ao longo do gradiente exterior – interior dos azinhais (orlas). Com base na descrição quantitativa do complexo combustível, pretende ainda criar modelos de combustível para o azinhal e analisar o comportamento do fogo potencial, de acordo com os parâmetros do modelo de propagação do fogo de Rothermel (1972) que integra o Software BehavePlus (Andrews et al., 2004). Este trabalho iniciou-se em Abril 2007 e foi realizado na região Este do Parque Natural de Montesinho (Distrito e Concelho de Bragança), onde foi feita a identificação e descrição de todas as manchas de azinhal envolvendo os incêndios ocorridos nesta área com base em cartografia de azinhais e de fogos florestais. Ao longo das orlas de doze manchas seleccionadas quantificaram-se parâmetros estruturais dos vários estratos do complexo combustível (herbáceo, arbustivo e arbóreo), e ainda parâmetros ambientais e de relevo, necessários para a criação dos modelos de combustível para utilização com o modelo de propagação do fogo de Rothermel. Desenvolvidos os modelos e para podermos comparar inflamabilidades entre complexos de combustíveis, simulamos o comportamento do fogo em BehavePlus para os modelos de combustível de acordo com a sua distribuição ao longo do gradiente exterior – interior dos azinhais. Os modelos específicos desenvolvidos reflectem o conjunto de condições, no que diz respeito ao combustível, que é possível encontrar nos bosques de azinhal, ao longo do gradiente exterior – interior dos bosques e ainda no exterior do mesmo. Como resultados, observou-se que o fogo simulado tem uma tendência para decrescer em termos de velocidade de propagação, intensidade da frente das chamas, e comprimento da chama ao passar de áreas dominadas por matos para o azinhal. Esta alteração do comportamento do fogo nas orlas parece indicar a possibilidade de o fogo se extinguir naturalmente quando entra em contacto com os azinhais. Estas alterações do comportamento do fogo parecem estar associadas a alterações da estrutura destas orlas, não obstante outros factores poderão igualmente contribuir para este fenómeno. |
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