Complicações urológicas do transplante renal: factores de risco e influência na sobrevivência do enxerto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Inês Valente de Sá Sousa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/21594
Resumo: Introdução: As complicações urológicas do transplante renal são responsáveis por uma significativa morbilidade e mortalidade. A sua incidência tem vindo a diminuir ao longo dos anos, quer devido a uma melhor imunossupressão, quer devido a melhoramentos das técnicas cirúrgicas, encontrando-se, nos dias de hoje, entre os 2,5% e os 14,1%. Objectivos: Este estudo teve como objectivo encontrar factores de risco associados às complicações urológicas do transplante renal e determinar a influência destas na evolução do transplante. Metodologia: Recorrendo à base de dados do Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos Hospitais da Universidade de Coimbra, fez-se uma análise retrospectiva de 1864 transplantes consecutivos realizados desde 1980 até 30 de Junho de 2009. Caracterizou-se a amostra e recorreu-se a testes estatísticos para determinar a relação das variáveis com a ocorrência de complicações urológicas. Resultados: Registaram-se 119 (6,4%) casos de complicações urológicas, sendo que 45 (2,4%) foram fístula, 38 (2,0%) obstrução e 29 (1,6%) estenose. Houve ainda 3 (0,2%) casos de litíase renal, 2 (0,1%) de refluxo vesico-uretérico, 1 caso de calcificação do cateter duplo-J e 1 de cateter uretérico partido. Identificaram-se os seguintes factores de risco: patologia urológica prévia, uso de soluto de perfusão Eurocollins, implante renal à esquerda, transplante complicado, cirurgia prolongada e imunossupressão com ciclosporina. Conclusão: As complicações urológicas são uma complicação cirúrgica frequente do transplante renal, sendo a fístula urinária a mais frequente e precoce. O seu tratamento cirúrgico não teve influência na perda do enxerto; no entanto, verificou-se que os doentes com complicações urológicas tiveram menor sobrevivência do enxerto e maior mortalidade.
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