Desenvolvimento de adesivos biológicos biodegradáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ana Luísa de Castro Pacheco da
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/9941
Resumo: A ideia de desenvolver um adesivo biológico capaz de dar resposta no encerramento de incisões, já há muito tem vindo a ser explorada. O estudo deste novo material tem constituído uma grande aposta, por reflectir uma significativa melhoria da qualidade de vida humana. Este método constitui uma alternativa às diversas técnicas já existentes para a cicatrização de feridas, como a suturação, a aplicação de fitas cirúrgicas ou a utilização de agrafos. Entre as diversas potencialidades que apresenta, podemos referir a sua absorção pelo organismo, a elevada biocompatibilidade, a facilidade de aplicação, a capacidade regenerativa e não existir necessidade da sua remoção. O objectivo deste trabalho consistiu no desenvolvimento de um polímero tendo por base o polissacarídeo da agarose, para aplicação como adesivo biológico. Sintetizaram-se pré-polímeros que continham ligações uretana, fazendo reagir os grupos hidroxílicos da agarose com o metacrilato de 2-isocianoetilo, introduzindo assim ligações duplas C=C na sua estrutura. Desenvolveram-se compostos passíveis de serem reticulados fotoquimicamente (radiação U.V.) pela elevada taxa de cura que apresentam. Após a síntese, procedeu-se à adição do agente fotoiniciador Irgacure 2959® (Ir2959), por este ser bem tolerado por um vasto conjunto de células. Formaram-se várias membranas com diferentes percentagens de modificação da agarose (50% e 75%), e com diferentes concentrações de Ir2959 (8%, 10%, 12% e 15%). Depois da preparação das membranas procedeu-se à sua caracterização através de diversas técnicas, que incluíram: análise de espectroscopia de infravermelho com reflexão total atenuada, determinação da capacidade de absorção de água, determinação das energias de superfície por medição dos ângulos de contacto e avaliação da capacidade de adesão em substratos aminados. Finalmente, realizaram-se testes de adesão celular, através do estudo da citotoxicidade in vitro para fibroblastos de rato. O método usado foi o teste colorimétrico do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-ilo)-2,5-difeniltetrazólio). Após a realização destes testes, concluiu-se que, no que concerne à capacidade de absorção de água, os melhores resultados surgiram para as membranas com modificação de 50% e adição de 8% de Ir2959; para os testes de adesão e biológicos, os melhores resultados surgiram para as membranas com 75% de modificação e adição de 15% de Ir2959.
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