Can heterotrophic feeding improve coral thermal stress response? – The case study of Palythoa sp.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/5952 |
Resumo: | Os efeitos das alterações climáticas têm vindo a ser observados em todo o mundo, designadamente nos recifes de coral, o que pode impactar irremediavelmente a biodiversidade e os serviços ecossistémicos dos oceanos. Quando estão sob stress, os corais fotossintéticos podem perder os seus endossimbiontes (dinoflagelados do género Symbiodinium, usualmente designados como zooxantelas), sendo este processo classificado como branqueamento. O aumento da temperatura nas águas manifesta-se de duas maneiras, na água da superfície do mar e sob a forma de ondas de calor. A frequência das ondas de calor tem vindo a aumentar ao longo das últimas décadas, aumentando também a frequência com que os eventos de branqueamento de corais ocorrem. Como consequência, as espécies de corais mais suscetíveis a estes eventos sofrem danos irreversíveis, uma vez que, com a perda dos endossimbiontes fotossintéticos, ficam privadas de parte substancial da sua nutrição, o que pode levar à sua degradação e, em casos mais extremos, à sua morte. Para além da nutrição autotrófica, constituída pelos produtos da fotossíntese, os corais fotossintéticos têm também a capacidade de se alimentar heterotroficamente, sendo por isso classificados como animais mixotróficos. Segundo alguns estudos, esta estratégia de alimentação pode contribuir para tornar os corais mais resilientes ao stress térmico. Neste sentido, no presente trabalho pretendeu-se avaliar a resposta ao stress térmico de mini colónias de Palythoa sp. (subclasse Hexacorallia; ordem Zoantharia) após 4 meses de cultivo sem (NF) e com (F) fornecimento de alimento (dieta microencapsulada, anteriormente otimizada para a espécie). Após este período, procedeu-se ao teste de stress térmico: dois grupos (25NF e 25F) permaneceram com a temperatura de cultivo (25±1°C), enquanto outros dois grupos (30NF e 30F) foram sujeitos a uma subida gradual da temperatura da água, durante 24h até atingir os 30±1°C. Esta temperatura foi mantida durante oito dias. Corais alimentados foram comparados com corais não alimentados de modo a avaliar o efeito da dieta num cenário de stress. Foi efetuada uma avaliação dos parâmetros de fotobiologia, biomarcadores de stress térmico e oxidativo, dano oxidativo e reservas energéticas. Durante o ensaio não houve registo de mortalidade. Apesar dos corais não alimentados não se mostrarem significativamente mais suscetíveis ao stress, os corais alimentados apresentam um melhor estado metabólico. Este facto pode ser crucial no período de recuperação após eventos de stress. Assim, sugere-se que o alimento tem um efeito positivo na resistência dos corais ao aumento da temperatura da água, como consequência das ondas de calor, quando previamente bem suplementados. |
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