Trabalho no comum: Um estudo exploratório sobre as condições e razões dos seus protagonistas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/22137 |
Resumo: | Têm crescido as preocupações com o futuro do trabalho e o Comum tem ganho cada vez mais relevância social e académica. Os estudos do trabalho, no entanto, tendem a focar-se no trabalho enquanto mercadoria, e o Comum só mais recentemente tem sido conceptualizado como um princípio político, mais do que como uma classe de recursos. Além disso, e por isso, não existem estudos que tratem do trabalho no Comum enquanto um fenómeno conjunto. Esta investigação, então, procura entender em que condições e por que razões é que existem pessoas a realizá-lo. Partindo de uma abordagem exploratória e qualitativa, e na tentativa de caracterizar o trabalho no Comum de uma perspetiva holística, englobamos atividades que produzem, reproduzem, suportam ou distribuem recursos comuns materiais ou imateriais. A análise empírica explora e problematiza os obstáculos à participação, os modos de organização, as interações com diferentes formas de poder e a importância da comunidade, bem como as razões individuais para contribuir, as razões baseadas em valores e as razões coletivas com origem na comunidade (restrita e alargada). Uma conclusão geral é que a comunidade é importante quer nas condições quer nas razões para o trabalho no Comum, o que tem relevância por contraposição à sociedade de mercado individualista em que este se encontra inserido. Outra é que a atividade permite a realização individual e social de quem a pratica, pois ao mesmo tempo que estes podem dirigir a sua própria atividade produtiva, sabem também que o produto do seu trabalho irá ser acessível a muita gente. |
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Trabalho no comum: Um estudo exploratório sobre as condições e razões dos seus protagonistasTrabalhoComumCommonsPolítica prefigurativaContramovimento polanyianoUtopias reaisWorkCommonPrefigurative politicsPolanyian countermovementReal utopiasTêm crescido as preocupações com o futuro do trabalho e o Comum tem ganho cada vez mais relevância social e académica. Os estudos do trabalho, no entanto, tendem a focar-se no trabalho enquanto mercadoria, e o Comum só mais recentemente tem sido conceptualizado como um princípio político, mais do que como uma classe de recursos. Além disso, e por isso, não existem estudos que tratem do trabalho no Comum enquanto um fenómeno conjunto. Esta investigação, então, procura entender em que condições e por que razões é que existem pessoas a realizá-lo. Partindo de uma abordagem exploratória e qualitativa, e na tentativa de caracterizar o trabalho no Comum de uma perspetiva holística, englobamos atividades que produzem, reproduzem, suportam ou distribuem recursos comuns materiais ou imateriais. A análise empírica explora e problematiza os obstáculos à participação, os modos de organização, as interações com diferentes formas de poder e a importância da comunidade, bem como as razões individuais para contribuir, as razões baseadas em valores e as razões coletivas com origem na comunidade (restrita e alargada). Uma conclusão geral é que a comunidade é importante quer nas condições quer nas razões para o trabalho no Comum, o que tem relevância por contraposição à sociedade de mercado individualista em que este se encontra inserido. Outra é que a atividade permite a realização individual e social de quem a pratica, pois ao mesmo tempo que estes podem dirigir a sua própria atividade produtiva, sabem também que o produto do seu trabalho irá ser acessível a muita gente.There are growing concerns about the future of work and the Common has been gaining social and scholarly importance. The studies about work, nonetheless, tend to focus on work as a commodity, and the Common has only recently been conceptualized as a political principle, more than as a class of resources. Furthermore, and therefore, no studies address work in the Common as a joint phenomenon. This inquiry, then, tries to understand in which conditions and for what reasons there are people doing it. From an exploratory and qualitative approach, and with the aim of characterizing work in the Common from a holistic point of view, we encompass activities that produce, reproduce, support or distribute material or immaterial commons. The empirical analysis explores and problematizes obstacles to participation, modes of organization, the interactions between different forms of power and the importance of community, as well as individual reasons to contribute, reasons based on values and collective reasons based on the (restricted and broader) community. A general conclusion is that the community is important both in the conditions and in the reasons for working in the Common, which is relevant as it is opposed to the individualistic market society in which the activity happens. Another is that the activity allows both the individual and social realization of the workers, since they can direct their own productive activity while at the same time the product of their work will be accessible to many people.2021-02-23T10:03:51Z2021-02-04T00:00:00Z2021-02-042020-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/22137TID:202629414porLopes, João Braga de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:50:27Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/22137Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:24:52.672648Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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