Sustentabilidade financeira do sistema de saúde português: O papel do setor privado

• Autor(a) principal: Figueiredo, António Manuel Pereira de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27557
• topic: Sistema de saúde -- Health system; Sistema nacional de saúde -- National health system; Sustentabilidade financeira; Financial Sustainability

O Sistema de Saúde no seu modelo atual apresenta uma série de fragilidades de caracter financeiro e constrangimentos na capacidade de resposta exacerbados durante a recente pandemia COVID-19, aos que se associam outros desafios para a sustentabilidade financeira nomeadamente a transição demográfica, a transição epidemiológica, e a inovação tecnológica. Atendendo as características do Sistema de Saúde português, uma estratégia para abordar as ameaças a sustentabilidade financeira é o desenvolvimento de estratégias de colaboração entre os diferentes setores que integram o sistema. Com o objetivo de analisar o papel do setor privado de prestação de cuidados de saúde na sustentabilidade financeira do Sistema de Saúde, e explorar modelos de integração, foi efetuado um estudo exploratório, de carater qualitativo com implementação de uma análise indutiva aos dados obtidos de entrevistas semiestruturadas aplicadas a uma amostra de peritos selecionados através da amostragem por conveniência, em que os resultados foram analisados utilizando a metodologia de Gioia.Como principais resultados salienta-se que o sistema de saúde em Portugal está caracterizado pela fragmentação do financiamento, da prestação de serviços de saúde, e segmentação da cobertura. Constatou-se que o desenvolvimento de estratégias de colaboração entre o setor público e o setor privado da saúde constitui um fator crítico de sucesso que depende da redefinição do modelo de integração, carece da implementação de critérios de avaliação da qualidade, eficiência, acesso e de resultados semelhantes para todos os intervenientes, assim como da redefinição de modelos de financiamento com responsabilidade partilhada e idealmente com a introdução do value-based healthcare.