Democracia no Mundo Árabe
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/1472 |
Resumo: | Enquanto que a democracia varre o globo, da América Latina à África, da Ásia ao antigo bloco de Leste, o Médio Oriente aparece como uma excepção neste movimento geral da História. As fracas manifestações de liberalização que surgiram são respostas fracas a desenvolvimentos oriundos de fora da região, nomeadamente a vitória do Ocidente sobre o comunismo e a derrota militar do Iraque. No debate sobre o papel do Islão na vida política das sociedades árabes, duas correntes se confrontam: a primeira vê o Islão como uma força hostil ao Ocidente e em rota de colisão com este. Os defensores desta corrente argumentam que as tentativas de promoção dos ideais democráticos no mundo árabe são vãs, pois não existe uma convergência de valores entre as duas culturas. O mundo árabe não está preparado para a democracia e, por isso, é preferível manter no poder os actuais regimes autoritários: a abertura prematura dos regimes políticos e a participação dos Islamistas no jogo político, permite-lhes explorar as vantagens do sistema democrático até capturarem o poder. Para a segunda corrente, deve ser dada aos Islamistas a oportunidade de ocuparem o poder. Para uns, a vaga Islamista é irresistível, uma força da História. O exercício do poder teria um efeito moderador sobre os Islamistas, limando a sua retórica excessiva, pondo-os face a face com os seus limites, forçando-os a saber negociar e encontrar plataformas de entendimento com outras forças políticas e sociais. |
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